A EDITORA DO IAB

EDITORA DO IAB

 

APRESENTAÇÃO

 

Em Comemoração ao 61º aniversário do Instituto de Arqueologia Brasileira a IAB EDITORA inicia, a partir do mês de Maio de 2022, a publicação de uma série de artigos e de livros assinados por autores institucionais. Os artigos são divulgados de forma gratuita, solicitando-se, como de praxe acadêmico, que cópias ou trechos retirados dos mesmos citem a procedência. Tal medida visa garantir os direitos autorais e, inclusive, responsabilizar os próprios autores pelos pontos de vista e perspectivas divulgadas.

A primeira série de artigos é composta por um conjunto deles, dos quais alguns já foram publicados parcialmente ou sob outras formas em ocasiões muito anteriores, sendo agora atualizados. A maioria, no entanto, mesmo aqueles textos escritos em épocas passadas, mas que não foram divulgados por diversos motivos, é agora lançado à luz, desde que não perdeu o interesse nem a atualidade. E, sem dúvida, certamente irá contribuir com novas perspectivas para os leitores interessados.

Esta primeira categoria de textos é apresentada em quatro séries:

A primeira trata de um tema mais próximo da história do IAB, razão pela qual iniciamos com ela, destacando figuras que contribuíram para o sucesso institucional e até mesmo para a ciência arqueológica do país, mas que não são conhecidas ou nunca mereceram o destaque a que fizeram juz ao longo dos anos.

A segunda abordando assuntos de História comparada, em que a Arqueologia ganha papel de destaque, completando ou mesmo abordando aspectos pouco ou não conhecidos das crônicas históricas. Trata de temas monográficos que permanecem de interesse e não se encontram ultrapassados ou substituídos por novos ou mais aceitos conhecimentos.

A terceira é ainda mais “caseira” do que a primeira, bem mais regional e nem por isso de menor interesse, seja para o público local, de Vila Santa Teresa onde o IAB tem sua sede há 60 anos, seja para aquele que entende que no espaço geográfico mais reduzido do que no geral, os acontecimentos e eventos só perdem no que diz respeito aos aspectos generalizados, mas ganham em intensidade por melhor observáveis. Esta categoria é composta por 21 crônicas a respeito da evolução histórica do bairro em que se situa nossa sede, um pedaço de Belford Roxo, quase uma “finisterra”, em que toda a complexidade da formação social e econômica do nosso Estado se manifestou ao longo dos últimos cinco séculos de vida nacional. São as “Crônicas Calunduenses”.

A quarta série é um pouco mais polêmica, pois focaliza aspectos atuais do noticiário arqueológico em que, apesar de divulgarem pesquisas desenvolvidas, às vezes durante anos, pelas equipes do IAB, os dados divulgados não fazem a menor referência a seu respeito. De um lado, os resultados são descritos como que produzidos por outro pesquisador, ou por outra equipe, ou, ao contrário, como acontece em relação ao Sítio do Gentio II em Unaí, como se descobertas de importância e que motivam a publicidade fossem ocasionais. Esta série, parodiando o saudoso “Estanislau Ponte Preta (pseudônimo do jornalista Sérgio Porto) que décadas atrás criou o FEBEAPÀ (Festival de Besteiras que Assola o País), criamos o “Festival de Falta de Respeito que Assola o País, FFRAP”, onde os envolvidos podem ser desde pessoas isoladas a órgãos de cultura de importância da sociedade nacional. Mais do que denunciar os fatos, no entanto, nestas crônicas procuramos completar, com dados da realidade, o noticiário incompleto e desrespeitoso para com a nossa Instituição. De fato, sempre apoiamos a divulgação das pesquisas científicas no país, mas não podemos, sobretudo por respeito ao público, permanecer inertes, pois “quem cala, consente”, como diz o velho refrão. E longe estamos desta cômoda posição.     

É nossa pretensão divulgar uma crônica por semana.

Em breve futuro será dado início a outra série de divulgação da nossa Editora, com o lançamento de livros sobre temas de Arqueologia, Pré-história e Teoria Científica. O primeiro livro a ser lançado versa sobre os povos da Tradição Itaipu, sistematicamente confundidos com povos sambaquianos ou simplesmente esquecidos pelos especialistas, malgrado mais de meia centena de publicações a seu respeito desde a década de setenta do século passado.

Mas também se encontram escritos e prontos para divulgação, a crônica histórica dos povos indígenas do Rio de Janeiro, das origens à atualidade; outro livro sobre a ocupação humana da mesma área nos século XVI e XVII, com ênfase na produção do açúcar e alguns outros prontos, ou em produção, à espera do momento propício para lançamento.

Esperamos tais lançamentos sejam bem recebidos pelo público, pois, afinal, a única razão da existência dos autores é existirem leitores interessados.