Cachimbo tubular em cerâmica

Descrição

A Fase Ururaí embora contemporânea da Fase Mucuri, se caracteriza por ocupar as restingas da Região Norte do Rio de Janeiro. Diferentemente daquela, não apresenta traços de contato interétinico com povos de origem Tupi Guarani. A localização ambiental de seus sítio não permitiu fossem preservados artefatos de cestaria e tecelagem, como ocorreu nos sítios em cavernas. Assim sendo os pontos de convergência com a Tradição Una é a sua cerâmica comum, a variedade de padrões de sepultamentos e as evidências da prática da horticultura.

O grande cachimbo tubular, em cerâmica, ainda contendo sedimentos era parte do acompanhamento funerário do sepultamento nº 18 estudado. Localizado no Sítio do Caju, em Campos dos Goitacazes, sendo este o mais importante da Fase Ururaí. Nele foram localizados trinta e um sepultamentos que indicaram diferenciação de rituais segundo a idade, o sexo e a função social do indivíduo. Este cachimbo pertencia a um homem adulto enterrado em cova, tendo o corpo distendido e protegido por grandes fragmentos de cerâmica. A historiografia informa que o cachimbo tubular era utilizado, sobretudo, pelos xamãs na arte de cura. Além do cachimbo, enfeites de osso (dentes de Paca) foram descobertos junto às orelhas do indivíduo indicando o uso como pingentes auriculares.

Filiaçao cultural do objeto

Período: Pré-histórico

Tradição: Una

Fase: Ururaí

Local: Campos dos Goitacazes – RJ Sítio do Caju – RJ MP 08

Setor: Transector XIX

Nível: 35 cm

Análise cultural do objeto

Tipo: Cachimbo Tubular

Material: Cerâmico

Dimensão: 13 x 5 cm

Datação Relativa: 1000-1100 AP

Fonte: Acervo IAB 1990

Catálogo: 2843