O Dia Mundial da Água foi instituído pela Organização das Nações Unidas – ONU, através da resolução A/RES/47/193 de 21 de fevereiro de 1993, determinando que o dia 22 de março seria a data oficial para comemorar e realizar atividades de reflexão sobre o significado da água para a vida na Terra.
Neste mesmo dia, a ONU lançou a Declaração Universal dos Direitos da Água, que apresenta entre as principais normas:
- A água faz parte do patrimônio do planeta;
- A água é a seiva do nosso planeta;
- Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados;
- O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos;
- A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores;
- A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo;
- A água não deve ser desperdiçada nem poluída, nem envenenada;
- A utilização da água implica respeito à lei;
- A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social;
- O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
O Instituto de Arqueologia Brasileira realizou práticas ligadas à utilização da água, marcando sua importância, com o evento: “Salvando uma nascente, criando vidas”.
Uma das primeiras atividades foi fazer um mutirão para molhar as plantas dos seus jardins. Assim, com mangueiras, garrafas, baldes e regadores, todos ofereceram esse essencial alimento para as folhas e flores, tarefa diária da equipe da jardinagem.
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O rio mais próximo ao Instituto é o Sarapuí e na área do IAB que abriga a administração – e onde são realizadas inúmeras ações de Educação Patrimonial – brota uma das nascentes que alimenta uma das suas veias, assim, com o propósito de contextualização das ações que viriam a seguir, foram exibidos dois curta metragens; um mostrando sua linda e pura nascente, a qual é localizada na Serra de Viegas, em Senador Camará, Rio de Janeiro, RJ, e outro o qual mostra que em sua viagem até o mar é exposto ao sacrifício de carregar em seu leito a ausência de consciência de todos nós. Nesse trajeto abrange cidades como Nilópolis, Duque de Caxias, São João de Meriti, Mesquita e Belford Roxo passando pelo bairro de Bangu, já na cidade do Rio de Janeiro desembocando na Baía de Guanabara, agora como um dos mais poluídos…
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Foram promovidas discussões sobre as causas as quais, assim como este, todos os rios que perpassam cidades, no Brasil e também em vários outros países, hoje sofrem com a sua poluição, e como cada um poderia contribuir minimamente para diminuir essa violência não jogando, por exemplo, nenhum tipo de lixo na rua já que fatalmente vai parar dentro deles, promovendo não apenas a sua morte, mas comprometendo, ao final, toda a fauna e flora marinha, como todos bem sabem.
Como bônus, as belas histórias da infância e juventude do Professor Ondemar e seus amigos que tomavam banho e pescavam em suas águas quando ele ainda era um rio que respirava saúde, muito diferente de hoje, completamente aviltado e rebaixado à condição de “valão”.
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Porém, a atividade mais importante foi a limpeza da nascente que, com as fortes chuvas foi duramente afetada por esgotos, e do laguinho de onde também brota água e no qual, há bem pouco, viviam muitos peixes.
Assim, munidos de variadas ferramentas, e com muita determinação, toda a equipe arregaçou as mangas e dedicou o restante do dia à limpeza de ambos.
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Em determinado momento veio a chuva para refrescar e a terra fértil próxima à nascente ganhou mudas para embelezá-la ainda mais.
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E assim, molhados e bem sujinhos, todos, apesar de absolutamente exaustos, disseram estarem sentindo-se em alguma medida recompensados por terem cooperado, de maneira valiosa, com pelo menos um aspecto, para a revitalização do rio Sarapuí.
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Texto: Antonia Neto
Fotos e vídeos: Diego Lacerda, Alessandro Silva, Antonia Neto
Diretor-Presidente: Ondemar Dias
Coordenadoria Geral: Jandira Neto
Equipe: Diego Lacerda – Soledade Neto – William Cruz – Antonia Neto – Cida Gomes – Sérgio Serva – Alessandro Silva – Geovani Dionísio – Aldeci dos Santos – Marcos dos Santos – Anselmo dos Santos – Marilda Souza e os pesquisadores curumins: Júlia Araújo – Luciano França – Daniel Lima – Marcele Souza – Pâmella Coutinho – Sanderson Coutinho – Rodrigo Oliveira e Marcos Bighi
Patrocínio Institucional