(Via site Museu da Justiça)
SEMINÁRIO “O RIO CONTINUA ÍNDIO”
Neste ano em que a cidade do Rio de Janeiro comemora 450 anos de fundação pelos colonizadores europeus, era oportuno e necessário registrar a milenar presença ancestral dos povos indígenas no Brasil, dando a eles a visibilidade e importância que a história oficial nem sempre reportou, valorizando sua contribuição histórica, cultural e étnica na formação do povo brasileiro.
Por isso, o Museu da Justiça acolheu com entusiasmo a proposta da Associação Indígena Aldeia Maracanã (AIAM) de realizar em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro este seminário, a fim de oferecer ao público carioca uma visão multidisciplinar da presença e do legado indígenas desde 8.000 anos atrás, quando habitavam o litoral fluminense os povos dos sambaquis, até os dias de hoje, com várias aldeias Guarani vivendo de modo tradicional nos municípios de Paraty, Angra dos Reis e Maricá, além milhares de indígenas autodeclarados vivendo em contexto urbano na cidade e no Estado do Rio.
No primeiro dia do seminário essa rica e ainda tão pouco conhecida história dos povos indígenas no Rio de Janeiro será contada por alguns dos mais respeitados arqueólogos, historiadores e antropólogos da academia brasileira e também contará com a presença e fala de lideranças indígenas. No segundo dia, serão debatidas as políticas públicas indigenistas no âmbito do Estado do Rio.
Para ilustrar essa verdadeira viagem cultural através dos milênios, o público carioca terá acesso simultaneamente a duas exposições especialmente montadas nos salões do Museu da Justiça sobre o tema. Uma com perspectiva histórica e antropológica criada pelo Museu do Índio/FUNAI em conjunto com a Comissão Pró-índio/UERJ e outra com viés de arqueologia indígena montada pelo Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB).
Esperamos que esta iniciativa, além de ajudar a preencher uma lacuna na programação comemorativa dos 450 anos da cidade do Rio de Janeiro, sirva para destacar a importância e o protagonismo indígena na história e na formação do Brasil e demonstre que a tão decantada “Carioquice” tem suas raízes mais profundas no espírito e no modo de vida dos povos indígenas que com muita determinação resistiram a 515 anos de colonização, genocídio e preconceitos e conseguiram manter até hoje seus saberes, sua espiritualidade, sua cultura e seu modo de vida tradicionais, constituindo uma população indígena brasileira atual estimada em 1 milhão de pessoas em todos os estados do Brasil, distribuídos em 305 povos indígenas e falantes de 180 línguas distintas.
O Rio continua Índio!
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