Foram lançados oficialmente no 21 de junho de 2017, na sede da Cedae – Companhia de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro – no centro do Rio com a presença de seu presidente, Jorge Ferreira Briard e funcionários, o livro bilíngue “A Pré-História e a História da Baixada Fluminense – A Ocupação Humana na Bacia do Rio Guandu” (Ondemar Dias & Jandira Neto, 2017 – IAB-Editora) e a Cartilha de Educação Patrimonial. Estas publicações, as primeiras da IAB-Editora, são produtos do Projeto “A Ocupação Humana da Bacia do Rio Guandu na Baixada Fluminense” aprovado no Programa Nacional de Apoio à Cultura-PRONAC e patrocinado pela empresa supracitada.
O livro traz a pré-história e a história da Baixada Fluminense. Estudos e pesquisas acerca das ocupações culturais pré-históricas, de contato e aquelas desenvolvidas no período histórico (colonial ou atual) na Bacia do Rio Guandu.
Na abertura do evento o presidente da empresa, Dr. Jorge Briard justificou o interesse em patrocinar o projeto apresentado pelo Instituto de Arqueologia Brasileira ressaltando a importância do resgate tanto da história das populações humanas que habitaram a Bacia do rio Guandu mantenedor não só das tantas vidas que usufruíram dos seus recursos no passado quanto sua importância hoje, que, com o levantamento da sua memória revitaliza-se o entusiasmo para a preservação de sua exuberância, reforçando o interesse em torná-lo cada vez mais fonte de uma água de qualidade que abastece uma enorme legião de usuários com tão precioso e imprescindível bem para a sobrevivência humana. (…) e leiam o livro!”, recomenda o Dr. Briard; “são informações valiosas que contribuem muito para o enriquecimento da cultura sobre o manancial de maior importância para o nosso cotidiano que é o rio Guandu.”
O Professor Ondemar Dias, Diretor-Presidente do IAB também se manifestou falando da alegria do Instituto de Arqueologia Brasileira de patrocínios como este “porque realiza as aspirações do IAB na pesquisa arqueológica”. Ele observou que a pesquisa arqueológica, para a maioria das pessoas, é o trabalho de campo, a busca ao passado, a escavação, são as pirâmides e a ideia de aventura e romance que a indústria cinematográfica vende para o grande público, mas que é preciso que se saiba que para sua realização há um longo caminho. Demanda muito trabalho. Desde conseguir um patrocínio, organizar o projeto com seus cronogramas, buscar a liberação dos trabalhos pelos órgãos competentes. Muita documentação antes do “grande momento” exaltado pelo cinema e muitas análises e levantamento histórico para a produção do material de divulgação como o que se dava naquele momento, com a responsabilidade de quem realmente busca compreender aquele passado, no momento, investigado. Isso tudo acompanhado de toda a documentação exigida pela lei sob o aspecto contábil e o cumprimento rigoroso de todas as demais exigências pertinentes.
Jandira Neto, arqueóloga e também Diretora do IAB, falou sobre a cartilha de Educação Patrimonial, produzida por ela, que se apresenta divulgando o método do Psicodrama Pedagógico, acompanha uma mídia com um resumo do que foi a arqueologia e as práticas de educação patrimonial durante as pesquisas arqueológicas na Rodovia Arco Metropolitano (onde alguns sítios arqueológicos localizados estão inseridos na Bacia do Rio Guandu); um jogo da memória com desenhos infantis, de estudantes, criados durante as Oficinas que foram aplicadas em noventa e quatro escolas da rede pública de ensino das cidades impactadas pelas obras da rodovia, no decurso das atividades de conscientização de preservação de patrimônios. E revela que a cartilha foi objeto fundamental do Curso “Psicodrama Pedagógico – Um método aplicado à educação patrimonial” – com duração de 40 horas – também produto do Projeto – no mês de maio último, em Seropédica-RJ e do qual alguns funcionários da Cedae também participaram.
Cida Gomes, Diretora-Secretária do IAB apresentou o passado, o objeto, as ações e os novos caminhos do IAB e em seguida deu-se a distribuição dos livros como rezam os protocolos do projeto.
Agradecemos à Cedae por apostar em nosso projeto em especial a Ane Simões, assessora financeira chefe (AFC/DP) do Gabinete da Presidência da Cedae que, como arqueóloga, se empenhou vigorosamente para conseguir este importantíssimo aporte que possibilitou trazer à luz aspectos não compreendidos nas primeiras pesquisas tornando mais claras e compreensíveis nuances da evolução das populações que habitaram aquela região.
Agradecemos também à Cristina Vereza Lodi e José Cláudio dos Santos parceiros importantíssimos nesta jornada.
E por fim, agradecemos a toda a equipe do IAB; a presente no evento e a todos os demais membros que trabalharam incansavelmente até aqui. Sim. Pois há muito mais a ser realizado. Estas são apenas as primeiras etapas.
Equipe: William Cruz – Alessandro Silva – Diego Lacerda – Jandira Neto – Cida Gomes
Diretor-Presidente Ondemar Dias
Texto: Antonia Neto – Fotos: William Cruz e Diego Lacerda