Matrículas Abertas – Turma IV – Pós-Graduação em Arqueologia
Ao longo dos últimos decênios observa-se um crescente reconhecimento e importância da arqueologia brasileira no panorama nacional e internacional. Especificamente registra-se um aumento do interesse pela arqueologia histórica e urbana, ratificados por políticas governamentais, reflexo de preocupações da sociedade pela valorização e preservação de seu patrimônio histórico e memória.
Com o crescente interesse e abertura de mercados ratificados pelas ações dos poderes públicos observa-se a necessidade de aprimoramento e atualização técnico-metodológica dos profissionais que diretamente e indiretamente atuam na área de patrimônio histórico e pré-histórico.
O Curso de Pós-graduação lato sensu em Arqueologia Brasileira deverá propor uma revisão e algumas reflexões quanto aos instrumentos e metodologias auxiliares no trabalho do profissional de patrimônio e memória.
Entendemos assim a razão da crescente demanda por cursos, que supram deficiências provenientes da, até então, pouca atenção prática da sociedade, embora merecedores de valorizações e reconhecimentos em seus discursos. Para tanto, torna-se justificável oferecer a este público oportunidade de capacitação e atualização em especial na área da Arqueologia Preventiva.
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Trajetória do IAB como Instituição de Ensino formadora de pesquisadores em Arqueologia Brasileira
O primeiro curso interno ministrado pelo IAB foi realizado em 1963, quando recém capacitado em arqueologia pré-histórica pela UFPr, após concluir curso ministrado pela arqueóloga francesa Dra. Annette Laming Emperaire, o prof.Ondemar Dias, reuniu os pesquisadores da instituição para transmitir as bases das mais modernas técnicas de pesquisa. Elas passariam a orientar as atividades do Instituto de Arqueologia Brasileira e base do primeiro curso de extensão ministrado internamente.
Daí em diante seriam diversos os cursos então promovidos. Foi também estabelecido que haveriam duas modalidades de ensino a serem praticadas institucionalmente: Aquela dos cursos de extensão de curta e média duração e estágios formais de longa duração, com a média de quatro anos para satisfação dos requisitos exigidos para início da carreira.
Entre os primeiros se destacaram cursos ministrados tanto na sede do IAB, quanto em instituições associadas, como na Casa do Estudante do Brasil. Destacaram-se os cursos ministrados na Universidade Santa Úrsula, pela qual se inscreveram no IAB e concluíram o curso os pesquisadores que fariam história na instituição, como Eliana Carvalho, Lília Cheuiche, Joaquina Ivars, Francisco Pavia, Franklin Levy, Laura Piedade, Fernanda Jalles e Rosângela Menezes, todos ao se iniciar a década de 1970. Em seguida, em cooperação com o Centro Brasileiro de Arqueologia foram, na sede daquela instituição e também nas instalações da Sociedade Universitária Augusto Motta, ministrados outros cursos, com a chegada de novos cooperadores de importância.
Ao longo daquela mesma década, com a fixação do Centro de Estudos Arqueológicos na Casa do Capão do Bispo, mantido pelo IAB, novos cursos foram então ministrados. Ali e em convênio com o Gabinete Português de Leitura outros cursos e exposições foram desenvolvidos. Destaque-se a grande exposição dos 25 anos do IAB realizada em um significativo espaço da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e também na Fundação G. Kulbenkian. Mais tarde outros cursos, novas exposições e reuniões foram efetivadas tanto no Planetário da Gávea, na PUC-RJ e na Prefeitura da cidade Nova da Cidade do Rio de Janeiro.
Desde a década de sessenta foi também organizada a carreira de pesquisador do IAB, sobretudo com o apoio, então possível, de órgãos federais de fomento, como o CNPq e a CAPES. Foram então obtidas bolsas de Iniciação Científica e de Aperfeiçoamento para uma série de pesquisadores ao longo do tempo e até o início do século XXI. Destacaram-se bolsistas que completaram todo o longo percurso dos estágios de iniciação até aperfeiçoamento, como Marcos Zimmermann, Paulo Seda, Christiane Machado, Márcia Bezerra, Rosicler Teodoro, Marcos Vinicius, Marcos Magalhães, Cíntia Jalles, Divino de Oliveira, Eva Sellei, Lúcia Pangaio, Sibele Vianna, Guadalupe Nascimento, Beatriz Costa, Gláucia Mallerba e outros. Alguns destes pesquisadores, inclusive, obtiveram pós graduação, mestrado e doutorado, sob a orientação de pesquisadores mais antigos do IAB, como Ondemar Dias, Lilia Machado e Paulo Seda.
Mais recentemente, com a instalação do Curso formal de Pós Graduação Latu Senso com a Faculdade Redentor, os mais novos especialistas capacitados, como Jandira Neto, Rhuam Carlos Souza, Ricardo Melo, Graziela Francisco, Cida Gomes, Gênese Torres, Antônio Souza, Marinuse Amaro e outros tantos companheiros de outras instituições.