Projeto: Curadoria de Coleções Arqueológicas Eurico Miller – Eletronorte

Ao final de dezembro de 2015 o IAB participou de um pregão eletrônico da Eletrobrás/Eletronorte e ganhou a concorrência para executar a tarefa estabelecida no Termo de Referência cujo objeto foi a execução de Serviços de Curadoria de Coleções Arqueológicas que se encontravam armazenadas no antigo Centro de Proteção Ambiental – CPA da UHE-Samuel no município de Candeias do Jamari – RO e na sede da Eletronorte em Brasília-DF.

Com cerca de 500 mil artefatos as coleções deveriam ser reavaliadas e novamente tratadas após 39 anos de início da sua coleta no campo pelo arqueólogo Eurico Miller que, juntamente com José Proença Brochado, foi um dos representantes do Rio Grande do Sul, estado entre os nove da Federação que formaram equipes organizadas pelos arqueólogos estadunidenses Betty Meggers e Cliford Evans para o Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas (Pronapa), na década de 1970.

No início do ano seguinte (2016) deu-se a primeira reunião na sede da Eletronorte em Brasília-DF com os representantes do Projeto, o arqueólogo Eurico Miller e a geógrafa Ianaê Cassaro. Ressalta-se de importância o fato de terem sido estabelecidos desde este primeiro encontro os laços de colaboração entre as partes, definidos os agentes responsáveis pelos mesmos, tanto pelo IAB quanto pela Eletronorte e satisfeitos os requisitos legais imprescindíveis para a concretização dos trabalhos. Ficaram, assim, definidos os representantes institucionais, tanto responsáveis pelos aspectos administrativos quanto científicos de ambas as partes e satisfeitas as exigências legais correspondentes.

Em meados de fevereiro os citados representantes da Eletronorte foram recebidos no IAB onde vistoriaram as instalações disponibilizadas para os Serviços e conheceram todas as demais que constituem os prédios do Instituto de Arqueologia Brasileira-IAB. Ambos se mostraram satisfeitos e aprovaram as mesmas, autorizando o desenvolvimento das tarefas.

A primeira ação concreta a seguir foi a do translado do material que se encontrava na sede da Eletronorte em Brasília, preservado na sala de uso do Dr. Eurico Miller. Este acervo, por sua vez, era constituído de duas ordens de material.

O primeiro formado por material arqueológico propriamente dito, constituído por fragmentos predominantemente cerâmicos; peças inteiras e fragmentos líticos; alguns ossos e amostras malacológicas, além de sedimentos e amostras de carvão para datação.

O segundo constituído pelo material documental, de grande importância, sem o qual não se tornaria sequer possível efetivar a curadoria. Composto pelas fichas de análise laboratorial, documentação de campo, sumários e catálogos numerais (cadastrais), além de documentos vários, ilustrativos dos muitos anos de pesquisa que resultaram em tal acervo. Complementaram aquela documentação as publicações lançadas ao longo dos anos e um vastíssimo acervo fotográfico.

Em relação a esse último item torna-se importante ressaltar que grande parte do mesmo se encontrava prejudicado pelo tempo, tanto no que diz respeito às fotos em papel (preto-e-branco ou coloridas), quanto àquelas em diapositivos. Muitos dos “slides”, sobretudo, estavam totalmente perdidos, apagados ou colados, assim como algumas em papel. Evidenciou-se, inclusive, que nem todas se encontravam identificadas.

É necessário registrar que o material constituído por sacos com sedimentos coletados nos sítios, assim como aqueles contendo amostras de carvão para datação, pelo tempo de depósito tornou-se descartável perdendo o significado arqueológico. Podem ser preservados como amostras históricas ou para futuras análises, desde que ocorra a possibilidade do desenvolvimento de novas técnicas de datação ou de análise sedimentar no futuro. Neste caso sua preservação pode ser recomendada antevendo seu possível reaproveitamento.

Num segundo momento a equipe deslocou-se para a UHE-Samuel em Rondônia onde estava armazenado o restante do material que completava as Coleções.

Lá havia sido montada há alguns anos uma exposição com material arqueológico selecionado, oriundo exclusivamente das pesquisas na área da UHE-Samuel, em conjunto com peças paleontológicas e etnográficas.

Este material apresentava bom estado de conservação, com etiquetas e placas identificadoras, além de resumos sobre as culturas relacionadas.

Em outro prédio estava situado o depósito maior com material em caixas de sapatos misturado com outros de diversas procedências e de múltiplas classes. Além do acervo arqueológico ali jaziam de mistura, artefatos atuais, peças de máquinas, computadores inutilizados e outros, em situação precária e confusa. Contrastava com a limpeza e a arrumação do material em exposição na Portaria.

Foi procedido o inventário de cada caixa de sapato ou contêiner diferenciado de material arqueológico. Predominava o acervo cerâmico, mas também foram comuns os líticos e algumas peças históricas.

Também nesse local foi procedida a descrição e o cadastramento de todo o acervo que permanecera no local sob a guarda da Eletronorte/ UHE Samuel. Ele foi composto por todo o material etnográfico que constava de mistura com o arqueológico e mais aquelas peças inteiras ou restauradas que deveriam ser transportadas diretamente para o local definitivo de guarda.

Tendo sido iniciada nos próprios locais de guarda a listagem com as características do acervo e sua identificação, esta tarefa seria posteriormente aprofundada.

Abordou-se a questão da criação e o desenvolvimento de fichas de registros específicas para o acervo físico e estratégias para o tratamento do material fotográfico e documental. Foram igualmente descritas as estratégias específicas para a abordagem Curatorial que se tornou necessária em virtude do material se encontrar disperso em cinco pontos de origem diferentes, o que, por mais que se procurasse ordenar para facilitar o procedimento não garantia o sucesso desejado não tivesse sido praticada tal ação.

Diante da dispersão do acervo partiu-se da hipótese de que o material de um mesmo sítio arqueológico poderia se encontrar depositado em locais diversos. Logo necessariamente a tarefa “número um” seria juntá-los para se poder ter uma visão completa e consequente avaliação do seu estado de conservação (completude, possíveis faltas ou ausências, etc.).

Partindo da premissa acima, dois elementos básicos foram estabelecidos para a realização da primeira tarefa: a identificação catalográfica do acervo, peça por peça.

Obrigatoriamente todo material deve estar numerado: Para isto dois sistemas são empregados normalmente na pesquisa arqueológica brasileira: o sistema dito “europeu” e o sistema “americano”. Como o sistema adotado pelo Dr. Miller foi o segundo, tornou-se necessária a existência de um catálogo que indicasse o significado de cada número ou sigla escolhida, que foi convenientemente fornecido.

Foi avaliado que se tratava sem dúvida de um material de fundamental importância para a arqueologia brasileira, primeiro por ter sido pesquisado por um dos mais importantes arqueólogos brasileiros, apoiado em metodologia de abordagem e de interpretação experenciada e de comprovada capacidade há décadas. O Dr. Eurico Miller dispensa maiores comentários, graças a excelência do seu trabalho e a importância de suas descobertas, grande parte delas efetuadas justamente sobre o material em pauta.

Infelizmente, no entanto, grande parte do mesmo material foi dispersa em locais diferenciados e de acesso restrito, dificultando sua abordagem, mesmo após sua publicação pelo autor. Além da dispersão, como é do conhecimento geral, as condições de armazenamento permaneceram muito longe do ideal, a ponto de ter sido necessário organizar a curadoria naquele momento em andamento.

De fato, pode-se constatar que o próprio sistema de guarda, em caixas de papelão originalmente para calçados, também se situa a uma enorme distância do minimamente recomendável para a garantia da preservação do acervo. Pode-se entender e justificar este uso como medida provisória de guarda, na espera de condições mais favoráveis para uma proteção melhor recomendada, o que aparentemente até então não havia se concretizado.

Ainda em relação às condições de guarda, pode-se lamentar que somente uma parte mínima do acervo, aquele referente à Exposição, tenha merecido os cuidados que, afinal, deveria ter se estendido a todo ele. Em consequência verificou-se que ocorreram mistura de classes diferenciadas no mesmo item de guarda nem sempre compatíveis e a perda de identificação de uma quantidade imensa de peças ou as referências estratigráficas reduzidas a uma parcela pequena das coleções.

Sem dúvida estes problemas de preservação contribuíram em muito para que a Curadoria não pudesse atingir a totalidade do acervo existente. Para que fosse alcançado um índice altamente satisfatório tornou-se necessário desde o início dos trabalhos um planejamento efetivo por parte da equipe do IAB, capaz de sanar, dentro das possibilidades, as danosas consequências oriundas do relativo abandono das coleções. Felizmente a Eletronorte atentou para a urgente necessidade de atalhar a destruição sistemática prevalecente. E competiu à equipe de curadores superar as dificuldades aplicando a metodologia que a capacitou cumprir sua tarefa de fazer aquele acervo fonte segura de informação sobre o passado do homem brasileiro.

Em se tratando do item de organização pode-se constatar que o material foi organizado, como dito anteriormente, segundo a metodologia de identificação dita “americana”, em contraste com aquela denominada “europeia”. Nesta, cada artefato ou fragmento tem escritos em si todos os itens de identificação necessários para sua localização espaço-temporal. Naquela, cada peça ou caco porta somente um número catalográfico que o localiza também no tempo e no espaço, mas dependendo sempre de um elemento gráfico, tipo lista ou cadastro identificador.

Infelizmente restaram muito poucas referências em cada coleção resguardada nos sacos ou nas caixas, exceto o número cadastral de cada fragmento ou peça inteira. Quando não foram preservadas as fichas de análise de cada conjunto cadastral tornou-se impossível reconstituir a imprescindível localização espaço-tempo. As simples listas de sítios – pela sua generalidade – eram insuficientes para aquela identificação, assim como as publicações por mais completas que sejam elas.

Também foi possível constatar que infelizmente uma boa quantidade de peças (inteiras ou parciais) e de fragmentos, não possuía número de cadastro. Neste caso, nem mesmo as publicações ilustradas puderam servir para a identificação completa da evidência arqueológica. E à medida que a equipe de curadoria avançava com os trabalhos confrontava-se com tal dificuldade, criando um documento denominado “Pendências”.

Quanto ao que se processou metodologicamente, foi aplicada a experiência de anos de laboratório (desde que também utilizamos o mesmo processo de análise do Dr. Miller) que, sem dúvida, esclareceu detalhes e permitiu identificar a maioria dos itens do acervo.

Para tanto, cada sítio foi abordado em particular, comparando-se as informações de cada um dos seus itens cadastrais contidas nas fichas de análise, com os dados recuperados em campo, isto é, segundo o acervo contido em cada caixa correspondente. Tornou-se possível, assim, verificar as semelhanças e detectar as diferenças entre o que foi um dia manuseado pelo arqueólogo em laboratório e aquilo que se encontrou em depósito. Em alguns casos foi o estudo do material fotográfico disponibilizado para cada sítio (depois de organizadas as fichas de referência) que ajudou ou mesmo permitiu a identificação e as relações arqueológicas do sítio e do seu acervo.

Estabelecidas as comparações foram configurados os dados relativos ao que foi preservado e o que foi perdido; o que se ajusta e o que foi deturpado. Enfim foi reconstituída toda a coleção com a exatidão possível (e de acordo com os dados disponibilizados pela documentação entregue).

Em consequência toda a coleção foi reorganizada por sítios; estes segundo suas Fases e estas segundo as Tradições a que pertencem.

Ainda que numa etapa muito preliminar de atuação, graças à experiência da equipe se tornou possível delinear tanto as dificuldades quanto as possibilidades de tornar o acervo novamente disponibilizado para cumprir seu papel de importantíssima fonte de informação arqueológica.

Afinal esta é a finalidade principal de uma Curadoria, a de juntar as partes dispersas, agrupar os elementos segundo suas similaridades e separá-los de acordo com suas diferenças. Enfim torná-los acessíveis e organizados de tal forma que possam cumprir seu papel, pois de nada valem os cansativos anos de trabalho e de pesquisa para produzi-los se permanecem isolados ou fora do alcance dos pesquisadores interessados.

Foi feito o levantamento da documentação do acervo objetivando conhecer e analisar a documentação produzida durante a coleta de campo, posteriormente submetida pelos pesquisadores às analises de laboratório e elaboração dos dados interpretativos. Para a ação curatorial é imprescindível o acesso a diversos tipos de documentos vinculados à pesquisa arqueológica, tendo como um dos principais, a Ficha de Registro do Sitio no CNSA (Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos) do IPHAN que, pode ser observado, muitos dos sítios cujos acervos foram submetidos à Curadoria não as possuíam, tendo sido muitas vezes substituídas por fichas internas (ou próprias) do pesquisador ou da instituição. Completadas pelas fichas de campo e de análises do material, contendo as informações sobre a localização de cada um dos sítios pesquisados com suas características; a lista catalográfica; a lista inventário, mais as fotografias, os mapas, croquis etc.

A presença ou a ausência destes documentos tornou a tarefa algo mais complexa. Neste caso a disponibilidade dos dados anteriores do laboratório (ficha de fase, tradição etc.) foi fundamental, pois somente estes puderam ajudar os pesquisadores encarregados dos serviços de curadoria a identificar as origens e situações espaço-temporais de cada artefato, fragmento, peça ou conjunto de material. Para suprir parte dessa demanda foram criados modelos teóricos de fichas para registro de dados cuja ação visava contabilizar o acervo, comparar os dados e fixar as informações a respeito destes, assim como manusear fisicamente o acervo para fins de limpeza e re- acondicionamento.

Uma das exigências no Termo de Referência, como a orientação para a abordagem do material em determinada ordem, considerando a dispersão do material em coleções diferenciadas, se tratou de uma medida que complicou sobremodo o acesso e tornou mais lento o processamento dos dados. Isto porque, em função da citada dispersão, o acervo de um mesmo sítio, em especial daqueles mais complexos, se encontrava espalhado por diversas caixas diferenciadas (até mesmo de um único lugar de origem), exigindo, portanto, um trabalho preliminar de coleta e seleção sobre a totalidade do acervo.Trabalho prévio e necessário para disponibilizar para a curadoria as coleções espalhadas, permitindo, afinal, que sua abordagem pudesse ser feita em conjunto e de forma metódica e sequencial.

De posse dos elementos (catálogo e documentos) o passo seguinte foi objetivar sistematicamente o procedimento para a execução desta curadoria estabelecendo-se uma metodologia de trabalho, organizada através de uma cadeia operatória, que facilitasse o manuseio físico e documental do material, entre elas estimar preliminarmente o montante do acervo que seria transportado para o Rio de Janeiro.

Assim foi, desde o início, estabelecido o corpo técnico necessário para os trabalhos, sendo que seus integrantes, exceto a Coordenação (esta permanente), foram convocados à medida das necessidades surgidas em cada um dos serviços.

Desta forma e durante todo o procedimento curatorial as equipes prepararam as instalações para atender as necessidades da curadoria na Sede Própria do IAB; se ocuparam da viagem à Brasília e da embalagem do acervo ali depositado na Sede da Eletronorte e uma terceira se encarregou da embalagem e transporte do material preservado em Rondônia, zelando pelo seu transporte até o Rio de Janeiro.

Após despachar o material para o Rio de Janeiro a equipe retornou ao IAB para aguardar sua chegada.

Chegada do material no IAB Chegada do material no IAB Chegada do material no IAB

Durante todo o processo de curadoria operaram simultaneamente e finalmente, desde que foram estabelecidas todas as condições teóricas e técnicas, práticas e financeiras para o desenvolvimento material dos trabalhos iniciou-se a curadoria propriamente dita, tornando-se necessário organizar as caixas com material chegadas, inclusive com a reabordagem do seu conteúdo, preenchimento de novas fichas, etc.

Durante a mesma foram efetivadas diversas ações práticas como a reprodução da documentação fotográfica, via digitalização, identificando por coleções, e organizando de tal forma que permitirá a qualquer pesquisador credenciado reabordar este material no futuro, devidamente identificado segundo os dados dos seus autores. Objetivou-se a menor interferência possível por parte dos curadores, disponibilizando e preservando, assim, os dados originais, abrindo mão de solução mais simplificada para resolver a questão da identificação – dada as suas diversas organizações anteriores. Esta decisão, sem dúvida, terminou por constituir-se como uma atividade mais demorada e detalhada, desde que em cada uma daquelas “coleções”, os slides, além dos números próprios podiam também portar uma pequena legenda, indicativa da sua origem ou localização.

Foram também desenvolvidas as tarefas de digitalizar a documentação textual ou documental, tais como as fichas IPHAN, PRONAPA, FASE e as demais que compõem o dossiê de cada sítio e já organizada nas suas respectivas pastas.

Vale a pena reforçar que a importância desta catalogação é que foram reunidos, por sítio, todos os documentos cartoriais e de pesquisa referentes a cada um, de maneira a conformar um dossiê o mais completo possível sobre eles.

A segunda visita do Dr. Eurico Miller e da geógrafa Ianaê Cassaro para verificarem o andamento da curadoria foi de grande importância, em especial ajudando a identificar boa parte do acervo contido nas caixas e para os quais ou faltavam os dados ou estes se encontravam incompletos, fossem nas fichas encaminhadas, fossem nas etiquetas ou caixas do material uma vez que se trata talvez do mais importante serviço executado durante a Curadoria. Estes dados precisaram ser “pesquisados” na documentação fornecida pelo Arqueólogo de Campo e de Laboratório anteriores, o que não se tornou tarefa tão simples ou fácil como parece induzir sua descrição.

As fichas então fornecidas pelo arqueólogo Dr. Miller eram bem detalhadas, nela figurando as variáveis tipológicas tanto em relação aos temperos cerâmicos que ocorrem nas regiões por ele pesquisadas, como no que diz respeito às várias decorações plásticas e pintadas também ocorrentes. No seu caso, normalmente encontramos somente as fichas relativas à classe cerâmica com as fichas de desenho de bordas em separado. Infelizmente não nos foram fornecidas as fichas relativas às demais classes de material, fossem para os líticos, ósseos, malacológicos, etc.

Complementarmente às Fichas de Fases/Tradições nos foram também entregues as Publicações, sendo que sua utilidade maior é aquela de caracterizar cada Fase de cada Tradição, tanto pelos seus elementos conceituais, quanto pelas ocorrências percentuais de cada tipo, organizados em esquemas denominados como “Sequências Culturais”. Por não se tratar de um dado normalmente citado em publicações, sua utilidade se reduz para o uso na curadoria, pelo fato de não constar nas mesmas os totais de cada número, nem no bruto, nem nas percentagens. E algumas vezes nem mesmo o registro catalográfico de cada nível ou sítio, o que as invalida para seu uso segundo o sistema recomendado e adotado na Curadoria em que o catálogo serviu de guia organizacional.

Uma das técnicas desenvolvidas para aproveitamento e utilização das informações para Preenchimento dos Dados foi a de organizar as pastas, envelopes, desenhos, plantas e fichas diversas, todos documentos relativos aos sítios a que se referiam. Tornou-se necessário expor todo o material e classificá-lo segundo a sua tipologia, mais uma vez tomando-se por base as indicações catalográficas contidas nas diversas listas de sítios fornecidas pelo arqueólogo Dr. Miller, embora nenhuma delas contivesse os dados referentes à quantidade ou volume do material coletado.

A preocupação principal foi a de identificar o quantitativo das peças, fragmentos ou artefatos recolhidos referentes a cada número de catálogo, sempre lembrando que cada um deles diz respeito a um elemento espaço-temporal do sítio, seja a sua superfície ou a uma determinada área de coleta do mesmo. Mais comumente a um determinado nível artificial de um corte estratigráfico específico e identificado por uma sigla.

As fontes de informação mais seguras utilizadas foram as Fichas de Análise de Laboratório ou as Fichas de Fases/Tradições ou na falta de qualquer uma destas (e sempre que possível) as Fichas Pronapa quando – pelo menos em termos gerais – tais dados foram anotados. De algumas delas foram retirados os únicos dados disponíveis (genéricos) sobre o acervo lítico recolhido.

Surpreendentemente, mas com explicação técnica possível, nem sempre os dados coincidiram para o mesmo catálogo em função das fontes de informação. Normalmente no processo de análise os procedimentos empregados podem alterar o número de peças, seja pela eliminação de fragmentos intrusivos, seja pelo reforço quantitativo oriundo de coletas complementares.

Em sequência, a tarefa seguinte, raiz da própria curadoria, foi a da comparação entre estes dados, relativos aos resultados expostos pelo arqueólogo, com aqueles resultantes da abordagem da curadoria. A comparação entre, demonstrou as alterações oriundas de perdas, extravios, anexações indevidas e outros fatores provocados sejam pelas guardas inadequadas, seja dispersão do material em locais diferenciados.

Complementarmente se configuraram elementos que indicaram tanto a perda de dados documentais importantes – a ponto de se poder propor novas pesquisas nos locais prejudicados -, como a mistura indevida de material ou até mesmo a ausência de dados sem explicações plausíveis. Cada um destes elementos mereceu a atenção especial da Curadoria que solicitou mais de uma vez informações complementares ao Empreendedor.

Tornou-se igualmente necessário, logo que iniciados os trabalhos de curadoria a partir do contato direto com o material coletado, estabelecer uma nova ficha para anotação e controle dos dados diários. Esta ficha diária objetivava não somente controlar o trabalho prático de contagem e comparação dos dados do acervo, como registrar também quaisquer serviços complementares tornados necessários.

Esta organização tinha por objetivo facilitar o acesso ao material à medida que os serviços da curadoria abordavam cada sítio, em especial tendo em vista a obrigação de fazê-lo segundo uma ordem adredemente fixada. Ou seja, daqueles acervos identificados com o menor número de catálogo, para os de maior número. Em outras palavras, dos mais antigos pesquisados para os mais recentes. Não se poderia, pois, conduzir a curadoria de forma aleatória, com a abordagem, simplesmente, do acervo colocado em caixa mais próxima do laboratório. Lembrando, inclusive, as origens diferenciadas do material colocado dentro de cada caixa no local de guarda.

Esta tarefa foi dada por concluída e em consequência foram detectados conjuntos pequenos de material de mistura com aqueles já processados no mês anterior, de forma que os serviços de curadoria foram praticados sobre eles e seus resultados acrescentados aos totais anteriores.

Tornou-se necessário reorganizar o sistema de depósito do material. Constatou-se que, apesar de todos os cuidados na embalagem do material disperso em coleções diferenciadas em Brasília e Rondônia, coleções de um mesmo sítio jaziam em caixas diferenciadas, algumas vezes com número de registro distantes umas das outras.

Também ressaltamos que o sistema atualmente recomendado de se usar caixas de depósito acopladas uma sobre as outras é muito pouco funcional sempre que se torna necessário o acesso à determinada coleção. Em síntese se trata de um sistema de depósito inadequado para acesso de acervo, ou seja, impraticável em laboratório (razão pela qual não é o mesmo utilizado no IAB), mas que por orientação do IPHAN foi adotado neste caso.

O sistema prático operacional, ou seja, a técnica de abordagem se manteve sem alterações durante toda a curadoria.

Podemos, a título de reforço das informações anteriores, mais uma vez explicitar o procedimento da tarefa da Curadoria, naquilo que diz respeito exclusivamente ao manuseio do material cultural. Uma vez tendo sido organizada a documentação (incluindo as fichas já descritas, encaminhadas pela Eletronorte, referentes aos trabalhos de campo, análise de laboratório, registro no IPHAN e Fichas de Fase) tornou-se possível manusear o acervo colocando-o em ordem de abordagem, desde que ficou determinado que o processo se desenvolvesse do número catalográfico menor para o maior. Além disso, que a tarefa deveria ser procedida sobre uma quantidade de peças, fragmentos ou itens, superior a 35.000 mensais como a média desejável.

Todas as peças e fragmentos encontrados sob o mesmo número de registro constante nas etiquetas e sacos originais foram higienizados e sempre observada a existência real da numeração nas peças. Quando esta não existia, conforme foi sempre explicitado, era este trabalho executado pela equipe de curadores, desde que houvesse alguma informação a seu respeito nos sacos originais ou nas etiquetas de acompanhamento.

Uma vez higienizada e identificada cada peça ou fragmento era seu conjunto registrado nas Fichas apropriadas, anteriormente descritas, renovadas as etiquetas e também qualquer outra documentação de acompanhamento.

Foi também constante a troca da embalagem, colocando-se o material em sacos de plástico de tamanho e espessura variada em função do peso e das características de cada classe. Todos os sacos plásticos receberam micro perfurações visando o equilíbrio do microclima necessário a conservação dos artefatos.

Em suma pode-se sintetizar que foram sempre mantidas duas equipes no trato direto do material, cada uma abordando um sítio adredemente organizado em função da orientação do IPHAN, definidos e identificados a partir do número menor do catálogo. A equipe de documentação, em especial, se encarregou de fiscalizar cada item dos trabalhos, apontar problemas, encontrar soluções e produzir os Relatórios mensais.

A coordenação realizou a tarefa de localizar, copiar e por à disposição de toda a equipe de curadoria, as diversas fontes publicadas pelo Dr. Miller que se referiam ao material sob o processo curatorial. Destacam-se neste caso, os gráficos de fase em que são inventariados e mencionados todos os sítios que compõem cada fase de cada Tradição.

Tratou-se de uma tarefa complementar, mas que se tornou necessária tendo em vista o fato de não se ter encontrado na documentação fornecida diversos números de catálogos (com sua correspondente descrição), seja nas fichas PRONAPA, IPHAN, fichas de Fase, etc.

Objetivando simplificar a exposição dos Resultados foram criadas várias tabelas com todos os tipos de informação – localização, total de material analisado, nome do projeto, dados obtidos na curadoria, etc., etc., sobre todo o material.

A pesagem do material, fato não comum, mas em atenção à sugestão do IPHAN ficou a cargo de um membro da equipe, competindo à auxiliar responsável pela documentação fotográfica produzir as etiquetas externas e internas de identificação do material. É de importância frisar que seguimos aquela orientação SEM que nos tenha sido explicada a razão desse procedimento, normalmente não considerado como um componente das tarefas curatoriais.

A pesagem do material permaneceu sem alterações durante todo o tempo coberto pela Curadoria, assim como a documentação fotográfica dos trabalhos.

Um grupo composto de 12 sítios, todos de Rondônia, se refere a oficinas líticas, onde não foram coletados materiais. Diversos outros sítios indicam locais onde foram coletados “pães de índio” e que foram, de nossa parte, colocados como áreas suspeitas, desde que tais “pães” há muitos anos foram pesquisados pelos biólogos e botânicos que constataram se tratar de um fungo comestível.

Aqui vale um aprofundamento esclarecedor.

Tais fungos são, sem dúvida, comestíveis e já foram reconhecidas duas espécies. Uma no Sul do Brasil, denominada “Polyporussaporema Müller” e outra própria da Amazônia que foi nomeada pelos pesquisadores como “PolyporusIndigenus I. Araújo & M.A.Souza” (1981). Eles podem ser consumidos, se necessário, em forma de farinha, cozidos e até mesmo fritos e seu uso pelos indígenas (como elemento de coleta) passou para os habitantes brasileiros da Amazônia. Acontece, no entanto, que não são plantados ou cultivados nem pelos primeiros, nem pelos atuais consumidores, pois são fungos que crescem naturalmente na floresta. Sua localização, portanto, não indica a existência de sítios arqueológicos, sobretudo se na mesma área não ocorrerem restos culturais. E, infelizmente, a sua ocorrência isolada foi suficiente para o reconhecimento de sítios arqueológicos, aqui incluídos, recebendo siglagem, algumas vezes catálogos e sempre registro no CNSA do IPHAN.

Foi identificado um bloco de material, com pouquíssima ou nenhuma identificação o qual estamos propensos a acreditar que se trata de coletas oportunistas e que interessaram aos pesquisadores relacionar, identificar e preservar para oportunidades futuras de pesquisa (porventura não concretizadas) ou ainda, simplesmente registrar os locais dos achados. É evidente que tal hipótese só se aplica a aquele acervo que recebeu número de catálogo. Os demais, sem qualquer identificação provavelmente teriam sido coletados por terceiros, ou pelos próprios membros da equipe institucional e preservados como amostras sem valor científico. Uma terceira probabilidade, mais remota, mas que a coleta de 1846 (mil oitocentos e quarenta e seis) cacos de cerâmica, sem quaisquer identificações, pode conduzir é que por motivos ocasionais tal acervo não foi considerado de importância ou restou guardado, passando despercebido durante as análises de laboratório da equipe. É importante, no entanto, ressalvar que os dados sugerem que os locais de origem deste acervo não foram considerados como sítios arqueológicos.

Por fim, objetivando definir a questão da guarda definitiva do acervo em Rondônia, a pedido dos representantes da Eletronorte os dois membros da Coordenação do IAB visitaram as instalações disponíveis na cidade de Porto Velho. Em comum acordo com os dirigentes do Museu proposto, concluíram que o espaço necessitaria de ajustes e de novas instalações que permitissem o atendimento desse propósito de forma segura e compatível com a importância do material arqueológico.

Tendo isto em vista, a Coordenação assumiu a seguinte diretriz, enviando as propostas e dirimindo dúvidas posteriores via contato telefônico:

  1. Comunicar à Eletronorte a situação atual daquela instituição;
  2. Oferecer à Eletronorte como medida de urgência a possibilidade de um novo contrato destinado a garantir a guarda provisória do acervo nas instalações do IAB;
  3. Oferecer à Eletronorte um Plano Gestor destinado a planejar e coordenar as atividades necessárias para adequação daquelas instalações às exigências do IPHAN que permitisse a guarda definitiva do acervo.

Ao final nossas propostas foram rejeitadas e tomadas novas resoluções para a guarda do acervo cujo destino até o presente momento é novamente o prédio da UHE-Samuel em Candeias do Jamari – RO.

Entrega do material pós curadoria em Rondônia Material organizado de volta à Usina

Conclusão

Foi comunicado que ficara faltando juntar ao mesmo uma Lista com as peças numeradas e identificadas como relativas a sítios do Rio Grande do sul. E comentávamos então, que pelo fato daquele Estado não ter sido incluído na Curadoria, nunca nos foi remetida a lista numeral catalográfica completa. Outros fragmentos carecem de numeração.

Também informamos que seria encaminhada a listagem de material sem qualquer identificação, cuja utilidade para a Instituição que se responsabilizará pela guarda definitiva do acervo será a do seu emprego em práticas Museológicas e de Educação Patrimonial.

Ainda que possa parecer deselegante é de fundamental importância que se destaque imprecisões e a falta de documentação para muitos sítios. Mais uma vez repetimos e fazemos questão de afirmar o quanto reconhecemos a importância e a competência dos arqueólogos que construíram com seus esforços, trabalho e dedicação toda este extraordinário acervo. Mas, por dever do ofício e como responsáveis pela Curadoria deste mesmo material, sentimo-nos, mais uma vez, na obrigação de registrar as dúvidas que se fizeram sentir ao longo da Curadoria, como por exemplo: Quais foram os critérios adotados pelos mesmos para incluir como sítios arqueológicos no Cadastro do IPHAN locais com extraordinária escassez de material ou somente onde foram encontrados “pães de índio”?

Não nos parece demais repetir, portanto, que a falta de documentação notada em muitos dos sítios pesquisados deve ter sua origem em problemas de ordens diversas, sobretudo por efeito do abandono do acervo durante anos na hidrelétrica de Samuel. Aliás, como ressaltamos vezes diversas, esta falha na guarda deve ser a responsável maior pelas falhas e discrepâncias notadas entre os dados documentais quantitativos e o volume de material encontrado nas caixas de Guarda.

Os trabalhos desta Curadoria chegaram ao fim, sem que pudéssemos receber a totalidade das respostas que poderiam esclarecer, pelo menos, algumas das dúvidas acumuladas ao longo da sua trajetória.

É mais uma vez conveniente reafirmar que é da obrigação da equipe de curadoria registrar tais problemas e ausências, em especial para não se tornar ela própria responsável, no futuro, pelas mesmas.

Permanecem válidos os comentários passados em relação ao estado ou condições em que se encontra o acervo arqueológico, que apesar das vicissitudes de guarda pelas quais passou se encontra em um estado de bom a regular de conservação, com algumas peças malconservadas.

As recomendações formuladas durante os meses de trabalho também permanecem válidas. A equipe de curadoria continua indicando a necessidade de um possível retorno ao local de sítios cujos dados textuais disponíveis se encontram destruídos, insuficientes ou inexistentes. Mas é conveniente alertar que não o fazemos de forma irresponsável, por saber das quase instransponíveis dificuldades de concretizar tal recomendação.

Estas recomendações, aliás, têm que girar em torno de duas possibilidades. A primeira, aquela que se refere a sítios cuja documentação existe, mas não mais o acervo coletado em campo. Outra possibilidade se refere àquela em que não foram encontradas, até mesmo, quaisquer documentações referentes aos mesmos (exceto o registro catalográfico que indica sua existência).

Em ambos os casos pode-se colocar uma barreira quase instransponível, se (os) sítio(s) se encontra(m) destruído(s) pela própria ação dos empreendimentos que possibilitaram seu programa de salvamento.

No caso em que o sítio não foi destruído, existe material coletado, mas lhe faltam os dados textuais; um retorno é possível e programável. Desde, no entanto, que existam fundos financeiros de patrocínio que permitam uma nova série de abordagens de campo, ou seja, a substituição do acervo agora disponível, por outro a ser constituído. Mesmo que seja possível o retorno do arqueólogo original ao campo, ainda assim, não há como reabordar os mesmos locais dos cortes anteriores. Eles deverão ser substituídos por novas abordagens de coleta de material.

Contrariamente, caso o sítio esteja acessível, mas lhe falte totalmente o acervo original, dispersos ou destruídos uma nova abordagem se torna também possível, especialmente para a constituição de coleções substitutas, devidamente documentadas. Neste caso pode-se até mesmo estabelecer as áreas de abordagem nas proximidades daquelas originais.

Mas em todos os casos é fundamental a organização de novos Programas de Salvamento, com a contratação de novas equipes de campo e o imprescindível aproveitamento da experiência do arqueólogo responsável pelas pesquisas dos Programas anteriores.

Para finalizar é necessário tecer duas ordens de comentários que se tornam de importância basilar no panorama da Arqueologia Brasileira.

A primeira diz respeito ao fundamental exemplo que a empresa Eletrobrás/Eletronorte deu ao desenvolver e patrocinar esta Curadoria, pois apesar da obrigação que consta na legislação de proteção arqueológica, praticamente não se conhecem exemplos de algum empreendedor patrocinar este tipo de trabalho e de conservação de acervo arqueológico coletado em trabalhos de salvamento executado em empreendimentos sob sua responsabilidade. Um exemplo a ser seguido e que, sem dúvida, caracteriza a justeza e a eficácia dos trabalhos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em sua Superintendência de Arqueologia, a principal incentivadora deste Programa de Curadoria.

A segunda que, sem qualquer modéstia, se refere à evidência da capacidade, compartilhada pelos pesquisadores do Instituto de Arqueologia Brasileira, baseada em sua experiência de mais de meio século de atividades. Não teria sido viável atingir os resultados a que este trabalho chegou não fosse a tradição já “naturalizada” dos membros da sua equipe de profissionais, que atuam de forma integrada, valorizando as diferenças, mas as harmonizando no “todo” operacional, com segurança e extrema dedicação.

E é neste sentido que terminamos com a descrição dos membros que atuaram para a completude desta tarefa.

Equipe Institucional

Coordenadores e atuantes ativos da curadoria: os arqueólogos Ondemar Dias e Jandira Neto

Administração:

Cida Gomes – Arqueóloga que atuou na Administração e na equipe de trabalho em Rondônia

Diego Lacerda – Técnico que atuou na Administração, na equipe de trabalho em Brasília e arquivo fotográfico

Laboratório e Guarda:

Rhuam Carlos Alves de Souza – Arqueólogo que atuou na curadoria, pesagem e documentação fotográfica

Sergio Serva (*) – Arqueólogo que atuou na curadoria do material, na documentação e na equipe de Rondônia —- (*) Pesquisador que se responsabilizou pela elaboração das Tabelas ao longo da Curadoria e que aplicou o sistema digital de consulta.

Alessandro Silva – Auxiliar Técnico que atuou na equipe de Rondônia, na curadoria e na documentação fotográfica

Jaime Freitas – Auxiliar Técnico que atuou na curadoria e na equipe de trabalho em Rondônia

Geovane Dionísio – Auxiliar Técnico que atuou na curadoria e na equipe de Rondônia

Daiane Knupp – Auxiliar Técnica que atuou na curadoria do material e na documentação física e digital

Agradecimentos

Inicialmente nossos agradecimentos aos representantes da Eletronorte neste trabalho, a geógrafa Ianaê Cassaro, que sempre atenta ao andamento e à fiscalização dos trabalhos, constituiu uma fonte segura de ajuda e de compreensão em muito contribuindo para que a Curadoria atingisse os objetivos esperados.

Em seguida ao nosso velho e particular colega de muitos anos, um dos mais admiráveis, proficientes e seguros dos arqueólogos brasileiros, Dr. Eurico Miller. Foi uma honra para toda a equipe trabalhar sobre o material por ele recolhido durante muitos anos e ter a oportunidade de conhecer tamanha variedade, todo de suma importância, originado, em especial, da Amazônia brasileira. Uma oportunidade ímpar e que muito contribuiu para a experiência profissional de toda a equipe.

Mas é necessário também agradecer a todos os demais membros atuantes da equipe profissional do IAB, desde os integrantes da administração geral, de toda a equipe técnica ou da divulgação até o pessoal da jardinagem e da limpeza. Todos colaboraram mantendo a “máquina”, ou melhor, o “organismo”, do IAB funcionando da forma costumeiramente eficiente, permitindo que a curadoria em nenhum momento se visse perturbada por qualquer problema inesperado. Destaque-se que, ao se tornar necessário reunir a todos para que a meta do mês fosse alcançada e se criou uma força extra (“task force”) onde todos atenderam e colaboraram, segundo sua experiência e capacidade, para que o objetivo fosse alcançado.

A todos a gratidão expressa dos coordenadores responsáveis.

Ondemar Dias e Jandira Neto.

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