O Projeto Pesquisador Curumim, uma iniciativa do premiado Instituto de Arqueologia Brasileira-IAB, – cuja localização encontra-se na, hoje, Favela Santa Tereza, em Belford Roxo, RJ – atende adolescentes entre 14 e 18 anos, com alto potencial e motivação. A Comunidade, além de ser extremamente pobre, é dominada pelo tráfico de drogas e, como tal, torna-se um risco diário para os jovens que aqui vivem. O Projeto tem como diretivas oferecer-lhes a manutenção do gosto pelos estudos, a oportunidade de alguma renda, a diminuição da evasão escolar – decorrente da necessidade de trabalhar para ajudar no sustento da família – despertar e/ou fomentar os mais importantes e fundamentais valores e promover reais condições de serem inseridos na sociedade produtiva do jeito e no tempo certo.
Fundado em 2003, mais de 50 jovens já foram beneficiados pelo projeto, e, como resultado, alguns tornaram-se profissionais da Arqueologia e outras áreas, e demais obtiveram espaços em variados setores da economia. Durante sua formação, os Pesquisadores Curumins adquirem conhecimentos teóricos e práticos ligados à arqueologia, (como exemplos, reconhecer um material arqueológico e o controle de processos de curadoria do mesmo). A eles são também ministradas aulas de história, ciências afins e, vez por outra, ganham cursos extras de professores também engajados na questão social. O objetivo é municiar-lhes de recursos, tanto para uma boa formação cidadã, como para, na sequência, a sua inserção numa Universidade.
O processo seletivo de novos Pesquisadores Curumins é bastante rigoroso e começa com a aplicação de provas, no início do ano letivo das escolas da rede pública do entorno do Instituto, visando determinar a capacidade de redigir, com ênfase em síntese de pensamento e correta aplicação da língua portuguesa, além de ser observada a caligrafia, pois a escrita é a base da catalogação dos materiais arqueológicos. Os adolescentes, que se qualificam nessa primeira fase, passam por um processo de seleção envolvendo dinâmicas de grupo, nas quais são realizadas entrevistas individuais com, e outras sem a participação de seus pais e/ou guardiões. O comprometimento dos pais e/ou guardiões com o desempenho dos jovens é um dos fatores determinantes para o sucesso dos Curumins.
No processo de seleção de 2019, vinte e dois adolescentes foram aprovados e apenas cinco aceitos. A falta de recursos financeiros para os demais jovens, então dezessete no total, todos altamente qualificados, os impediram de serem incluídos naquela turma.
Hoje, o Projeto Pesquisador Curumim é mantido com recursos do IAB (advindos da prestação de serviços especializados em arqueologia contratados por empresas particulares e do governo) e doações pessoais dos diretores do Instituto. Outrora, o projeto foi beneficiado pelo aporte da UNESCO – International Council on Monuments and Sites (2008-2009) e da Caixa Econômica Federal – pelo Programa Caixa Cultural Edital 2016.
O IAB está agora buscando parcerias com empresas e indivíduos, cujos recursos ampliariam o número de vagas de jovens atendidos pelo programa.
Doações para o projeto são passíveis de benefícios por Lei de Incentivo à Cultura no âmbito Federal, bem como pela Lei de Incentivo do Estado do Rio de Janeiro.
Gostaria de ajudar? Clique na aba ao lado e ADOTE UM CURUMIM.