Encerrada a Campanha On-line “Junte-se a Nós”

A campanha para angariar verbas que seriam destinadas a projetos de iniciação científica de adolescentes na pesquisa arqueológica através do Projeto Pesquisador Curumim existente no IAB desde 2003, visando preparar novo grupo de pessoas para trabalhar em 2016, na manutenção do rico acervo (mais de 1 milhão de artefatos) salvaguardado, infelizmente não deu o resultado esperado. Embora a tenhamos mantido até a data limite, a baixa adesão nos leva a rever a questão: Como despertar o interesse de pessoas para cuidar de um patrimônio que pertence a todos? Agradecemos aos que investiram na ideia e esperamos poder contar com os que futuramente conscientizarem-se da sua importância.
Os doadores foram:
Dionne Azevedo
Roseli Ruiz
Iraci Gomes
Gabriella Pinheiro
Rhuam Souza
Diego Kobylinski
Jandira Neto
Lusinete Knupp
Projetos encerrados em 2015

Dois grandes projetos foram executados pelo IAB entre janeiro de 2013 e novembro de 2015: O Projeto de Prospecção, Monitoramento, Resgate e Educação Patrimonial Inválidos 123 e o Processamento do Material Arqueológico do Porto Maravilha – Fase I.
Ambos foram encerrados em dezembro de 2015 e seus relatórios finais entregues ao IPHAN e aos patrocinadores. Em breve os resultados serão publicados na página “Portfólio”. Acompanhe.
Projeto Pesquisador Curumim – Busca de Parcerias

Criado por Jandira Neto em 2003 e por ela coordenado até hoje o Projeto Pesquisador Curumim já é famoso na comunidade por ter, até o momento, apoiado 27 adolescentes a partir dos 14 anos, dos quais dois estão com a graduação em andamento e seis já estão graduados no ensino superior e atuando em empresas de arqueologia e de outras áreas.
Aditivo ao Contrato 020 /2014 – Processamento do Material Arqueológico do Porto Maravilha – Fase I

Após o processamento de 441 m3 de material oriundo da coleta de campo realizada pela equipe da arqueóloga Dra. Tania Lima do Museu Nacional no Projeto Porto Maravilha Fase I que escavou a Região do Porto do Valongo entre 2010/2011 o Instituto de Arqueologia Brasileira-IAB finalizou a Curadoria e análise básica do acervo (limpeza, classificação, categorização, identificação e guarda do material) depois de 12 meses de exaustivo trabalho.
Com o fantástico resultado inventariado de 1.472.000 de artefatos, isso mesmo, um milhão, quatrocentos e setenta dois mil artefatos inventariados, o IAB continuará cuidando do acervo, por haver sido pelo IRPH (Instituto Rio-Patrimônio) aditivado o Contrato por mais doze meses, objetivando o desenvolvimento do Laboratório Aberto de Arqueologia Urbana e a segurança do acervo.
Assim, desde o final de 2015 a equipe do Instituto de Arqueologia Brasileira vem dando cumprimento aos compromissos estabelecidos de comum acordo com a CDURP, apesar das dificuldades de caráter administrativo-financeiro típicas do inicio da gestão de cada ano administrativo governamental.
Finalmente em fevereiro de 2016 o Aditivo ao Contrato, foi implementado, dando sequência às atividades de Manutenção do Laboratório Aberto de Arqueologia Urbana – LAAU.
Algumas ações que estão sendo continuadas:
Revisão de catalogação. Este foi um dos acordos firmados entre o IAB e o Iphan em agosto de 2015, quando diante do grande número de artefatos tornou-se necessário fazer um plano B de contingência para atender a catalogação naquele momento. Esta revisão visa “fazer um pente fino” em todo o trabalho, de modo a garantir a integridade do acervo já catalogado.
Outra ação importante que está sendo executada é a de comparar os dados do Relatório Final da Pesquisa de Campo, de autoria da Drª. Tania Andrade Lima, com os dados do Relatório Final da Curadoria Laboratorial. Novas interpretações estão surgindo o que certamente trará novas luzes ao acervo.
Outra noticia boa é a de que, apesar de ainda não termos ainda a autorização do Ministério Público para divulgação dos dados de modo amplo, a equipe de Educação Patrimonial do IAB pretende desenvolver um dia de ação socioeducativa voltada para as comunidades circunvizinhas ao Galpão B por mês. A ideia é manter viva a proposta do LAAU.
Projeto “Serviços de Curadoria de Coleções Arqueológicas” – Eletronorte

Em dezembro de 2015 o IAB participou de um pregão eletrônico da Eletrobrás/ Eletronorte cujo objeto foi a execução de Serviços de Curadoria de Coleções Arqueológicas que se encontram armazenadas no antigo Centro de Proteção Ambiental – CPA da UHE-Samuel no município de Candeias do Jamari – RO e na sede da Eletronorte em Brasília.
Com cerca de 500 mil artefatos as coleções serão reavaliadas e novamente tratadas após 39 anos de início da sua coleta de campo pelo arqueólogo Eurico Miller que, juntamente com José Proença Brochado, foi um dos representantes do Rio Grande do Sul entre os nove estados que formaram a equipe organizada pelos arqueólogos norte-americanos Betty Meggers e Cliford Evans para o Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas (Pronapa).
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No início de fevereiro de 2016 o Professor Ondemar Dias e seus assessores Jandira Neto, arqueóloga e Diego Lacerda, assistente de marketing estiveram na sede da Eletronorte em Brasília-DF para reunião com o Sr. Eurico Miller e demais gerenciadores do projeto para verificação de parte do material e acesso aos documentos pertinentes ao mesmo. Entre outras demandas ficou acertada a vinda do Sr. Miller à sede do IAB para vistoria do laboratório onde serão processados os artefatos.
No dia 16 de fevereiro então os recebemos ele, o Sr. Miller, e a gerente do projeto a Srª Ianaê Cassaro que, ao final da visita, se disseram surpreendidos e bastante satisfeitos com o laboratório, a estrutura e a organização da nossa instituição: “superaram em muito a nossa expectativa”.
Próximo passo, o translado do material de Rondônia para o IAB.
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No dia 23 de fevereiro o Professor Ondemar Dias, duas diretoras do Instituto – Jandira Neto e Cida Gomes – e mais quatro assessores viajaram para o município de Candeias do Jamari em Rondônia sendo recebidos pelo Dr. Eurico Miller e demais responsáveis pela guarda dos artefatos, coletados nos sítios pesquisados na área da represa.
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No decorrer dos trabalhos o grupo foi respaldado com um excelente suporte da equipe do Dr. Miller percebendo, logo ao chegar, já ter sido providenciada toda a logística para o bom desempenho das operações que consistiam em contar, embalar, identificar, documentar e acondicionar, para posterior envio à sede do IAB no Rio de Janeiro. Aproveitamos o ensejo para agradecer a todos que, solicitamente, apoiaram toda a equipe.
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Apesar do precário estado de acondicionamento em que se encontravam os artefatos por falta de verba para sua adequada curadoria e guarda até então, a equipe pode apreciar uma exposição que havia sido organizada no antigo CPA – Centro de Proteção Ambiental da UHE-Samuel, com belíssimas peças encontradas durante as pesquisas arqueológicas e variado artesanato doado ao Professor Muller para a mesma.
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Após onze dias consecutivos de intensas atividades com muita determinação e ao final com todo o material a caminho da instituição, a equipe retornou para aguardar sua chegada.
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E assim, após uma longa viagem finalmente o material, preciosos caquinhos, testemunhas da passagem dos nossos ancestrais pela região norte do Brasil, chegou ao IAB.
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https://www.facebook.com/instituto.dearqueologiabrasileira/videos/618354291651749/
Assim começam os trabalhos de curadoria propriamente ditos, com a equipe trabalhando vigorosamente.
Separando, lavando, pesando, trocando as embalagens, identificando e acondicionando o material para, tão logo esteja todo reorganizado, retorne para Rondônia.
Paralelamente toda a documentação escrita e fotográfica dos trabalhos de campo desde o final dos anos de 1970 até os anos de 1990 está sendo escaneada e devidamente arquivada em formatos atuais.
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Nos dias 13, 14 e 15 de junho de 2016 todo o trabalho de curadoria do Projeto foi acompanhado pelo Professor Miller e a Srª Ianaê Cassaro que, muito além da natural “vistoria” a que têm direito, dispuseram-se a dirimir as dúvidas que surgiram à medida que o trabalho foi sendo realizado até então.
A alegria do Professor Miller, sempre lúcido e bem humorado, volta e meia a fazer pilhérias, contagiava a todos que seguiam executando as tarefas dentro do ritmo que o trabalho exige nos parecendo, o fato de estar novamente em contato direto com o acervo, reportá-lo à alegria da pesquisa de campo. Dos momentos do encontro com tais preciosidades. Belíssimos artefatos, cuidadosamente manufaturados pela população que habitou, há milhares de anos, os recônditos das nossas florestas tropicais com sua tecnologia e cuidados na expressão artística.
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Finalizado o Projeto “Serviços de Curadoria de Coleções Arqueológicas”. Veja aqui.
Encontrados Documentos Históricos no Bairro de Marechal Hermes!

Em 2013 o morador do bairro de Marechal Hermes (localizado no subúrbio do Rio de Janeiro), Marcos Veiga, conhecido por suas atividades culturais na região, recebeu em suas mãos dois exemplares históricos que acrescentariam em muito no que ele mais gosta de fazer, pesquisar a história do bairro onde mora.
Os exemplares do início do século XX, que mais parecem dois cadernos no tamanho das antigas enciclopédias, lhes foram entregues por uma antiga moradora do bairro, Dona Olga. Esta descobriu os documentos quando estava organizando e limpando os pertences do seu falecido esposo, Sr. Sérgio Rocha; eles se encontravam repletos de mofo e a Dona Olga antes de jogar no lixo achou melhor mostrá-los ao seu amigo.
“…quando Dona Olga achou esses cadernos os mesmos estavam com muito mofo e ela iria jogar no lixo, mas antes me mostrou; fiquei maravilhado com o material e ela pediu que eu ficasse com eles, então aceitei; estavam muito sujos e úmidos, resolvi então levar para um amigo que tem uma gráfica para tentar restaurar. Ele aceitou a missão e conseguimos recuperar este valioso acervo. Aqui está um pouco do resgate da nossa História…” diz Marcos Veiga.
No antigo sobrado de Dona Olga construído numa das principais vias do bairro, morou o primeiro administrador da Vila Proletária Marechal Hermes, o jornalista Antônio Augusto Pinto Machado, criador dos exemplares. Tal acervo foi entregue ao Sr. Sérgio Rocha através da filha e do genro de Pinto Machado, que eram seus amigos e vizinhos e guardados sem que seus familiares soubessem até o seu falecimento.
Os dois exemplares são grandes e em seus conteúdos estão colados inúmeros artigos de jornais publicados entre 1913 e 1921, a maioria escrita pelo próprio jornalista Pinto Machado, além de fotos. Boa parte dos artigos remetem sobre as vilas proletárias da época, especialmente a de Marechal Hermes, com vários relatos sobre a sua fundação e seus primeiros anos.
Fundado em 1913, Marechal Hermes foi o primeiro bairro planejado para a classe operária no Brasil e possui atualmente a maior Área de Proteção do Ambiente Cultural (APAC) da Zona Norte do Rio de Janeiro. Tal reconhecimento foi feito pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH) no ano de 2013.
Os documentos, além de fontes de pesquisa para os interessados sobre a história do bairro de Marechal, é também importante acervo para aqueles que pesquisam sobre o crescimento do subúrbio carioca e o surgimento da mídia impressa na região no início do século XX. Os “cadernos” também possuem artigos que relatam reuniões e eventos da época em outros bairros como Anchieta, Ricardo de Albuquerque, Bangu e Madureira.
Quer saber mais e ter acesso a alguns artigos destes exemplares? Mande um e-mail para:
iab@arqueologia-iab.com.br
Articulista: Diego Lacerda
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Turma IV – Aulas de Janeiro -2016

Arqueologia e Educação Patrimonial! Estes foram os dois temas desenvolvidos nas aulas de janeiro pelos professores Ondemar Dias e Maria de Lourdes Horta para os alunos da Turma IV do Curso de Pós-graduação em Arqueologia da Faculdade Redentor que é ministrado no IAB. O Professor Ondemar na aula anterior havia pedido à turma que se […]
Recesso de fim de ano!

Clientes amigos, informamos que entre os dias 23 de dezembro de 2015 e 03 de janeiro de 2016 estaremos de recesso. Em caso de urgência, ligar para os telefones de plantão:
(21) 98636-2213 ou (21) 96758-4032
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Tv Francesa grava documentário no IAB

Em razão dos 450 anos da fundação da cidade do Rio de Janeiro e a realização das Olimpíadas no próximo ano, recebemos no último dia 3 a equipe de uma produtora de uma TV francesa que tem como objetivo fazer um documentário sobre a cidade. Como sua história inclui o desembarque de cativos no Porto do Rio de Janeiro a TV interessou-se por parte do acervo do sítio arqueológico “Cemitério dos Pretos Novos” que se encontra salvaguardado pelo Instituto de Arqueologia Brasileira- IAB.
Assessorados pela equipe do IAB e pelo bioarqueólogo da UFRJ, Dr. Murilo Bastos, a equipe teve acesso à parte do material, desenvolvendo o trabalho com tranquilidade. O documentário tem como título “Rio, Ville Merveilleuse” e estará disponível em meados de 2016.
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Turma IV – Aulas de Novembro

Responsável pelos estudos sobre os povos que habitavam o Brasil antes da chegada dos europeus a arqueologia brasileira pesquisa os registros físicos (artefatos), restos mortais e os ritos percebidos que os acompanham ou sua singela, mas também extraordinária comunicação por meio de desenhos nas paredes das cavernas e fora delas _ as famosas pinturas rupestres. Mas não só. Grandes áreas ímpares identificadas pelo Professor Ondemar Dias no Acre conhecidas como geoglifos também ajudam a, através das inúmeras propostas de possibilidades, reconstruir sua história, suas incríveis tecnologias e sua evolução através dos tempos.
É a Pré-História Brasileira!
E foi assim, como personagem vivo da História da Arqueologia no Brasil, que começaram as aulas do Professor Ondemar Dias, 76, para os alunos do curso de pós-graduação em arqueologia da Faculdade Redentor, ministrada nas instalações do IAB, nos dias 21 e 22 de novembro. Ele descreveu como e onde surgiram os primeiros cursos de formação de pesquisadores e como foram as primeiras pesquisas e também lembrou que foi sem qualquer planejamento mais amplo que na primeira metade do século XX, ainda sem proteção legal e sem campo nitidamente definido, que a arqueologia _ indissoluvelmente ligada à Pré-História_ foi construída por pesquisadores isolados.
Tendo participado por dez anos de pesquisas na Amazônia, pelo Pronapa (Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas) e pesquisado por tantos outros anos, em um total de 54, do Rio de Janeiro ao interior de Minas Gerais e, com sua equipe, investigado diversos aspectos e fases vivenciadas por esses povos, ele explanou aos seus dissentes muito das conclusões discutidas ao longo dos anos em Fóruns, Encontros, Conferências, Seminários e etc.
Enfim, foram dois dias em contato direto com um dos precursores da arqueologia no Brasil.
Foram assim as aulas de novembro. E é provável que eles tenham gostado.
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