Projeto para contextualização Arqueológica, Etno-histórica, Prospecção Intensiva e Educação Patrimonial do Corredor Viário Transolímpica.

Educação Patrimonial

 

O corredor viário Transolimpica atravessou trechos densamente povoados desde épocas pretéritas. Ocupações vinculadas aos grupos sambaquieiros, na região da Barra da Tijuca – bem como assentamentos humanos integrantes do período colonial e pós-colonial – estabeleceram-se nas áreas férteis e favoráveis ao estabelecimento da economia agrícolas comuns ao período – os Engenhos e Fazendas.

Alguns destes vestígios podem ter sido identificados, visto o registro de três sítios arqueológicos na área diretamente impactada do empreendimento: Jardim da Saudade I e II e Sítio do Botto.

Para que pudessem fornecer maiores informações a respeito deste passado foram recomendadas escavações mais intensivas visando colaborar com a arqueologia e a história local.

Diante das evidências identificadas com a Prospecção Arqueológica concluiu-se pelo alto potencial arqueológico da área. Desta forma, considera-se, necessário o desenvolvimento de um Programa de Resgate Arqueológico, conforme estabelecido na Portaria IPHAN 230/2002, enquadrado nos parâmetros da Portaria IPHAN 07/1988.

O mesmo deverá abranger tanto o Resgate dos sítios identificados, bem como o monitoramento arqueológico tanto nos trechos em que não puderam ser prospeccionados nesta etapa de pesquisa, quanto naquelas em que se encontravam até o presente momento, ocupadas.

A Educação Patrimonial consta entre as atividades previstas em pacote de trabalho do Contrato celebrado entre a MRS Estudos Ambientais e o Instituto de Arqueologia Brasileira, para execução do Projeto para contextualização Arqueológica, Etno-histórica, Prospecção Intensiva e Educação Patrimonial do Corredor Viário Transolímpica.

Estão aqui sintetizadas as atividades de mobilização da equipe de campo, do trabalho de coordenação para o estabelecimento das bases práticas para a execução das tarefas e responsabilidades assumidas por este Instituto e da distribuição do material paradidático (informativo impresso) executadas em campo na semana 03 a 06 de dezembro de 2012). Cabe ressaltar que tais atividades visam atender às disposições legais previstas no Artigo 7º da Portaria do IPHAN de número 230 de 17 de dezembro de 2002, que prevê “no desenvolvimento dos estudos arqueológicos em todas as suas fases… devem ser previstos programas de Educação Patrimonial com os empreendedores, tanto nos contratos quanto nos cronogramas”. 

Como previsto no projeto enviado ao Iphan e por este aprovado, as atividades de Educação Patrimonial tiveram suas ações dirigidas para o público leigo da vizinhança do empreendimento e foram baseadas em dados científicos levantados sobre a ocupação humana da área indicada. Sua proposta consistiu na necessidade da transmissão de informações que levassem à preservação da memória e identidade do patrimônio cultural da localidade em questão, da cidade do Rio de Janeiro e quiçá do país. Estas ações tiveram em vista não só assegurar o fiel cumprimento das exigências da legislação específica, mas em especial possibilitar a real contribuição para novas descobertas no campo da arqueologia e o compartilhamento das mesmas com o público leigo, seu real detentor.

Foi criado um informativo impresso que contivesse dados sobre a importância da ocupação humana pré-histórica e histórica da região a ser (à época) utilizada para implantação das obras do Corredor Viário Transolímpica.  Este continha, de modo simples, os temas relacionados aos conceitos do que versa a arqueologia. 

Após a aprovação do empreendedor, o material foi impresso em uma tiragem de 15 mil exemplares.

 

Tão logo saiu publicada no D.O.U a portaria de autorização para a pesquisa interventiva de arqueologia, a equipe de Educação Patrimonial foi mobilizada para executar o trabalho de campo em concomitância com o trabalho de prospecção.

Esta atividade realizou a distribuição do informativo nas escolas que se encontram no entorno do empreendimento da Transolímpica (37 entre municipais, estaduais e particulares) – e, em especial, onde foram localizados sítios arqueológicos os quais foram devidamente recomendados os seus resgates antes do que seria a próxima etapa de implantação do empreendimento – e cobriu um raio de 1,5 km entre a Área de Impacto Direto (AID) onde o Corredor Viário passaria. A meta era tornar cada aluno um agente multiplicador, considerando que, ao levar para sua família um jornal informativo, poder-se-ia atingir cerca de 40 mil pessoas (considerando o número de pessoas média por família e vizinhos de contato).

Assim sendo, a equipe dirigiu-se às escolas inicialmente identificadas na área da pesquisa e demais que compunham o espectro educacional da região em questão.

 

Lista das escolas visitadas.

  1. Centro Educacional de Saúde Ribeiro dos Santos
  2. Escola Municipal Marechal Thaumaturgo de Azevedo
  3. Centro Educacional Pinheiro Ramos
  4. Escola Municipal General Carlos Caetano Miragaia
  5. Escola Municipal PM Flávio Martins Albuquerque
  6. Colégio Santa Mônica
  7. Escola Municipal Visconde de Porto Seguro
  8. Colégio Estadual Brigadeiro Schorcht
  9. Centro Educacional Miranda
  10. Escola Municipal Governador Carlos Lacerda
  11. Colégio Marques Rodrigues – Unidade Sulacap
  12. Colégio Baronesa Da Taquara
  13. Escola Municipal Humberto de Alencar Castelo Branco
  14. Colégio Estadual Eunice Weaver
  15. Centro Educacional Macedo Silva
  16. Escola Municipal Pedro Américo
  17. Colégio São João de Deus
  18. Escola Municipal Gastão Monteiro Moutinho
  19. Jardim Escola Viver E Criar
  20. Educandário Parque Dos Anjos
  21. Jardim Escola Zig-Zag
  22. Escola Municipal Vitor Meireles
  23. Jardim Escola Pintando O Sete
  24. Centro Educacional Mendes Zane
  25. Escola Municipal Ramiz Galvão
  26. Colégio Mallet
  27. Escola Municipal Silveira Sampaio
  28. Colégio Spezani Fonseca
  29. Centro Educacional Arminda Barbosa
  30. Sociedade Educacional Rodrigues Mendonça
  31. CIEP Pablo Neruda
  32. Escola Municipal Churchill
  33. Colégio-Curso Tamandaré (Unidade Taquara)
  34. Escola Municipal Mário Casasanta
  35. CIEP Compositor Donga
  36. Colégio Estadual Madre Tereza De Calcutá
  37. Lar De Frei Luiz

                        

Centro Educacional Pinheiro Ramos

Primeira escola a ser visitada pela equipe de Educação Patrimonial. O projeto foi muito bem recebido pela coordenadora educacional Letícia Ramos. Nesta, foram entregues 160 unidades do jornal informativo.

Escola Municipal PM Flávio Martins Albuquerque

Nesta escola fomos recebidos pela secretária da escola Taiane Carolina foram entregues 235 unidades do jornal informativo. 

Escola Municipal Visconde de Porto Seguro

Nesta fomos recebidos muito atenciosamente pela sua Diretora Sonia Jardim. Foram entregues 100 jornais para seus alunos.

C.E. Pinheiro Ramos E. M. Flávio M. Albuquerque E. M. Visc. de Porto Seguro

 

Colégio Marques Rodrigues

Por se encontrar em Conselho de Classe, a direção do Colégio Marques Rodrigues não pode receber os educadores patrimoniais, mas encarregou a secretaria da escola de receber o material para distribuir entre os alunos no dia seguinte. Com a secretária Kessia Sampaio (que não quis tirar foto), foram deixadas 400 unidades do jornal.

Escola Municipal Humberto de Alencar Castelo Branco

Fomos recebidos pelo seu Diretor, professor Aluísio Pereira, que muito se interessou pelo trabalho. Nesta escola foram entregues 530 jornais aos seus alunos.

Colégio São João de Deus

A equipe foi muito bem recebida pela coordenadora pedagógica e pela secretária da escola Salete Santos. Ambas demonstraram muito interesse pelo trabalho realizado e esperam continuidade das atividades advindas no futuro do projeto de resgates arqueológicos. Neste colégio foram deixadas 150 exemplares do jornal para serem entregues aos alunos.

Colégio Marques Rodrigues E. M. Humberto A. C. Branco Colégio S. João de Deus

 

Jardim Escola Viver e Criar

Recebidos de modo simpático pela senhora Jurema (que não quis fornecer seu sobrenome e nem tirar foto) o Jardim Escola Viver e Criar recebeu 200 unidades do material para seus alunos.

Jardim Escola Zig-Zag

A Diretora do Jardim Escola Zig-Zag, Geane Costa atendeu a equipe de educadores patrimoniais com muita atenção e carinho, gostou bastante do material; recebeu 32 unidades do jornal.

Jardim Escola Pintando O Sete

Nesta escola, a equipe foi recebida pela funcionária Rosane Carvalho com bastante atenção. Não havia alunos no momento da entrega, sendo deixados 52 jornais para serem distribuídos no dia seguinte.

J. E. Viver e Criar J. E. Zig-zag J. E. Pintando o Sete

 

Escola Municipal Silveira Sampaio

Nesta escola, a equipe foi muito bem recebida pelo Diretor o professor Roberto Prata, que ficou bastante admirado pelo tipo de trabalho proposto e logo se interessou pela entrega do material aos seus alunos. Infelizmente, como metade destes já estava de férias, só foi possível entregar 550 unidades no local.  

Centro Educacional Arminda Barbosa

Esta escola particular é bem pequena, mas recebeu 50 unidades para seus alunos. A equipe foi recebida com muito carinho pela Secretária Lúcia Maria, que se desculpou pelo fato da direção estar em reunião e não poder nos dar atenção. Quando a Educadora Patrimonial Letícia Sampaio explicou o projeto, houve grande interesse em entregar os jornais para os alunos e deixar alguns no acervo da escola.

CIEP Pablo Neruda

Neste CIEP, fomos recebidos com muita atenção pela sua Secretária Josilene de Almeida. Esta levou a proposta até a Coordenadora Pedagógica Kátia Regina, dando total apoio à proposta. Como a maioria dos alunos já estava de férias, esta decidiu ficar com o material para entregar aos que estavam de recuperação e também aos pais de alunos que ainda viriam para a última reunião de pais e mestres. Foram entregues 680 unidades nesta escola.

E. M. Silveira Sampaio C. E. Arminda Barbosa CIEP Pablo Neruda

 

Colégio-Curso Tamandaré (Unidade Taquara)

Neste colégio, após um longo período de espera, o Coordenador Pedagógico Robson (não quis fornecer o sobrenome) atendeu a equipe e aceitou ficar com jornais para entrega posterior, mas não quis tirar foto com a equipe. Como os alunos ainda não estavam de férias foi possível alcançar toda a escola com a entrega de 500 unidades. 

CIEP Compositor Donga

A equipe de Educação Patrimonial foi recebida com muita atenção e carinho neste CIEP. A Coordenadora Pedagógica Viviane Ogeda lamentou o fato de que a maioria de seus alunos já se encontrarem em férias, mas mesmo assim ficou com 150 unidades do material para entregar àqueles que ficaram em recuperação. Entusiasmada levantou a possibilidade de levar seus alunos ao Instituto de Arqueologia Brasileira para visitação.

Escola Municipal Marechal Thaumaturgo de Azevedo

Nesta escola a equipe também foi muito bem recebida pela Coordenadora Pedagógica Júlia Guerra que aceitou ficar com o material e adorou o fato de a escola ter sido contemplada com o projeto. Nela foram entregues 200 unidades do informativo.

C.C. Tamandaré CIEP Comp. Donga E. M. Mal. T. Azevedo

 

Escola Municipal General Carlos Caetano Miragaia

Quem recebeu a equipe nesta escola foi sua Diretora, a professora Sara Guedes, que se interessou muito pelo material e permitiu a entrega de 500 unidades para seus alunos. Mas não consentiu tirar fotos para registro.

Colégio Estadual Brigadeiro Schorcht

A Coordenadora Pedagógica Márcia Soares recebeu a equipe muito bem e se declarou admirada com o trabalho desenvolvido neste projeto. Como o colégio possui um grande número de alunos foram entregues 2000 unidades do informativo para quem estava presente e para serem distribuídos aos demais, posteriormente.  

Escola Municipal Governador Carlos Lacerda

A recepção da equipe pela Escola Municipal Governador Carlos Lacerda foi uma das melhores. Conforme foram ouvindo falar das propostas do projeto se mostraram bem interessados. A Diretora Adjunta, Professora Dora Conceição, ficou encantada com o trabalho desenvolvido e demonstrou muito empenho em formar parcerias com o Instituto de Arqueologia Brasileira no sentido de trazer para os alunos o interesse pela escolha da profissão de arqueólogo. Ali foram entregues 750 exemplares do jornal. 

E.M. Gal. Carlos C. Miragaia  C.E. Brg° Schorcht  E.M. Gov. C. Lacerda 

 

Colégio Estadual Eunice Weaver

Neste colégio a equipe foi recebida pela Diretora Terezinha e pela coordenadora pedagógica Clarice Maria – que não quiseram fornecer os sobrenomes, mas compreenderam a importância do material produzido. Foram entregues 750 unidades do jornal.

Escola Municipal Pedro Américo

A equipe foi recebida muito atenciosamente pela Diretora da escola, professora Sandra Mara Paes a qual recebeu 400 unidades do material.

Colégio Santa Mônica

No Colégio Santa Mônica, importante colégio particular pertencente a uma rede educacional, a recepcionista não permitiu que os educadores patrimoniais falassem com a Diretora ou qualquer coordenador alegando que aquela estava ocupada e não havia outra pessoa que pudesse atender.

C. E. Eunice Weaver E.M. Pedro Américo Colégio Santa Mônica

 

Colégio Baronesa 

Também não recebeu a equipe, alegando que a direção estava em reunião.

Escola Municipal Gastão Monteiro Moutinho

Nesta escola, a equipe foi muito bem recebida pela sua Diretora à professora Patrícia Regina de Assis (não quis ser fotografada). Foram entregues 250 unidades do jornal.

Escola Municipal Vitor Meireles

A Diretora da escola professora Rosimeri da Silva nos recebeu muito bem e gostou muito do material paradidático. Deixamos ali 600 informativos. 

Colégio Baronesa E.M. Gastão M. Moutinho E. M. Vítor Meireles

 

Centro Educacional Mendes Zane

Neste colégio particular fomos recebidos pela sua Diretora, a Professora Adriana Zane. Como os alunos já estavam de férias, o material foi deixado com a Secretária Marluce Souza para ser entregue posteriormente aos alunos. Foram deixadas 100 unidades.

Colégio Mallet

A professora Terezinha (que não forneceu seu sobrenome), Diretora da escola, recebeu a equipe de Educação Patrimonial e elogiou muito o trabalho apresentado, ressaltando a importância desse tipo de atividade para a conscientização da população. Ao fim da entrevista foram entregues 100 unidades do jornal.

Colégio Spezani Fonseca

Neste colégio fomos recebidos pela Coordenadora Pedagógica Rachel Moura, que disse ter gostado muito do trabalho proposto. Foram abordados assuntos como Arqueologia e Educação Patrimonial durante a entrevista com esta. Ao final 180 jornais foram entregues para os alunos e funcionários do colégio.

C. E. Mendes Zane Colégio Mallet Colégio Spezani Fonseca

 

Sociedade Educacional Rodrigues Mendonça

Fomos atendidos pela secretária da escola Vanessa Rodrigues que, bastante simpática, explicou que alguns dos alunos já estavam de férias e, por esse motivo, bastavam ser deixados apenas 250 jornais. 

 Escola Municipal Churchill

Nesta escola fomos recebidos pela Diretora Adjunta, professora Arlene dos Santos que se mostrou impressionada com o trabalho e, como a escola já havia entrado em período de férias, ficou com 250 unidades do material para entregar aos seus alunos. 

Escola Municipal Mário Casasanta

Nesta escola sua Diretora, Denise Rodrigues, foi quem nos recebeu e demonstrou muito interesse pelo projeto. Disse ter gostado do material e também ficou lisonjeada pelo fato de a escola ter sido contemplada. Também em férias ficou com 250 unidades para entregar aos alunos posteriormente.

S. E. Rodrigues Mendonça E. M. Churchill E. M. Mario Casasanta

 

Colégio Estadual Madre Tereza de Calcutá

Nesta escola a orientação dada pela direção (que disse não poder receber a equipe naquele momento), foi a de se deixar o material na portaria para ser entregue ao aluno na saída já que a escola ainda não estava de férias. A quantidade solicitada foi de 1500 exemplares.

Educandário Parque dos Anjos

Como os alunos já estavam de férias a secretária da escola Vilaine não quis ficar com o material para posterior entrega.

Escola Municipal Ramiz Galvão

Fomos recebidos pela secretária da escola Luiza Maurilha (que não quis tirar foto). A diretora se desculpou por não nos atender, pois estava em reunião de conselho de classe, mas autorizou que fossem deixadas 300 unidades do material para serem entregues aos alunos.

C.E. Me. Tereza de Calcutá E. Parque dos Anjos E. M. Ramiz Galvão

 

Centro Educacional de Saúde Ribeiro dos Santos

Segundo informações a escola está fechada há um ano e no local funciona uma loja de móveis e uma clínica odontológica. Não foi possível fotografar a frente da escola por conta de dificuldades de acesso ao local.

Centro Educacional Miranda

A Diretora não quis atender a equipe alegando estar ocupada no momento.

Centro Educacional Macedo Silva

A escola encontrava-se fechada, pois os alunos já estavam em período de férias escolares.

Lar de Frei Luiz

Embora estivesse cotada para receber a visitação com entrega de material, por se tratar de uma Clínica de Reabilitação e não de uma escola não foi possível concluir o procedimento. A direção foi procurada e alegou possuir protocolos especiais para entrada de materiais alheios ao tratamento de saúde na unidade. 

C. E. Miranda  C. E. Macedo Silva Lar de Frei Luiz (foto:internet) 

 

Considerações

Ao se realizar atividades de Educação Patrimonial em uma comunidade ou grupo, pretende-se iniciar um processo permanente e sistematizado de descobertas pessoais e coletivas, voltadas para a importância de seu patrimônio local como fonte primeira de inspiração para outros olhares. Acreditamos que é a partir da experiência de contato direto com objeto patrimonial significativo para si mesmo, que os sujeitos (crianças ou adultos) despertam para uma busca ativa de conhecimento, de apropriação e de valorização de sua herança cultural. Neste sentido, este tipo de trabalho visa encetar essa “capacitação” no indivíduo para que faça um melhor usufruto destes bens de modo que este venha, a partir daqueles, gerar uma nova produção de conhecimentos em uma ação contínua de criação cultural.

É com base nesta apropriação consciente de seu patrimônio que as comunidades iniciam os processos de preservação sustentável desses bens e fortalecem sentimentos próprios de identidade e cidadania.

Assim sendo, a Educação Patrimonial de um grupo é, segundo Maria de Lourdes Horta, um “instrumento de alfabetização cultural que possibilita ao individuo fazer a leitura do mundo que o rodeia, levando-o à compreensão do universo sociocultural e da trajetória histórico-temporal do universo em que está inserido” – (Guia Básico de Educação Patrimonial. pag. 6).

Com este propósito, a finalização desta fase da pesquisa se deu podendo-se observar que em todas as escolas visitadas houve diferentes manifestações de sentimentos, mas predominou o reconhecimento de cada diretor, coordenador pedagógico, professor, secretária, entre outros, referente ao projeto e ao material que ali estava sendo entregue.

Dos 15 mil exemplares impressos do Jornal INFOARQUEOLOGIA foram distribuídos 12.084 (doze mil e oitenta quatro) unidades nesta jornada e atingiram todos os bairros cujas escolas foram selecionadas por se encontrarem na área afetada diretamente pelo empreendimento.

Equipe

Coordenadora da  Educação Patrimonial: Jandira Neto

Coordenação Operacional: Arqueóloga Marcelle Mandarino

Comunicadora Social Auxiliar Técnica em Ed. Patrimonial – Leticia Sampaio

Designer/ fotografias Auxiliar Técnico de Edu. Patrimonial – William Cruz  

Auxiliar Técnico de Ed. Patrimonial – Alex Souza

 

IAB & Lions Clube promovem Ação Social

Foi realizada nesta quinta feira, 25 de outubro de 2018, no IAB, uma ação social em parceria com o Lions Clube de Nilópolis onde foram oferecidas vacinas contra gripe e contra o sarampo, medição de glicose e de pressão.

Alguns muito corajosos, outros nem tanto e alguns em pânico mesmo, foram todos gentilmente atendidos pelo grupo de voluntários.

Estavam previstas turmas do CIEP que seriam liberadas para a vacinação maciça, mas de acordo com a direção da escola houve imprevistos que impossibilitaram o deslocamento dos alunos. Para estes foi montada uma Oficina de contação de estórias, o que não foi possível realizar. Mas ainda assim, algumas crianças foram saudadas pela contadora Jovânia Marques com sua voz doce e sua música suave.

Compareceram também moradores avulsos que tiveram interesse tanto na sua própria imunização quanto a dos seus filhos.

 

 Agradecemos a todos os voluntários amigos do IAB quanto aos trazidos pelo Lions Clube. Todos muito cientes de sua responsabilidade e movidos pela mais sincera solidariedade.

 

I Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Economia Criativa traz estudantes do IFRJ-Belford Roxo ao IAB

Apesar da expectativa que nos envolve, fomentada pela alegria de receber grupos de estudantes para participarem do Programa “Bem Vindo ao Mundo da Arqueologia”, especialmente hoje fomos frustrados pelo tumulto que permeou essa visita. Depois de quase duas semanas onde a vida transcorria com certa tranquilidade, foi realizada hoje na “comunidade” – onde passou a estar inserida a Instituição após a dominação de grupos, digamos… às margens da Lei -, uma mal planejada operação militar que colocou todos em pânico pelos muitos tiros que vinham de todas as direções. O grupo teve que esperar por mais de uma hora em outro bairro para que, após concluídas, ou talvez cumpridas, as premissas da mesma, pudéssemos buscá-lo para iniciar o evento, com significativo atraso, o que impediu, inclusive, que pessoas que já tinham outros compromissos pudessem participar.

Lamentamos profundamente que toda a geografia no entorno do IAB – uma instituição de 57 anos – esteja completamente dominada por esses grupos levando toda sua população a uma opressão, ora pelo cerceamento do direito de ir e vir, garantido a todos pela Constituição Federal – quando são fechadas literalmente as vias de acesso – ora quando a levam a buscar abrigo ante as balas que cortam, ameaçadoras, os céus do nosso bairro. Depois de anos de dedicação, vemos os nossos esforços em educar serem maculados pela dura realidade a que estamos expostos.

Sabemos que não estamos sozinhos nessa seara, mas não nos furtamos a também expor as entranhas dessa nossa sociedade oprimida. Compreendemos que muito se possa discutir a respeito da multiplicação deste quadro nos mais diversos e distantes pontos das unidades federativas do Estado e compreendemos também que não há soluções simples, por isso resistimos a todas as adversidades e persistentemente buscamos driblar as forças que obstaculizam nossa marcha na direção das luzes dos conhecimentos que temos como missão difundir.

Bem, colocado o nosso desabafo, passamos a descrever sobre o nosso encontro com os estudantes de cursos do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) – campus Belford Roxo.

Estes foram beneficiados por um aporte do CNPq conseguido para um projeto do Professor Raphael Argento, para a I Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Economia Criativa e estiveram presentes sob a coordenação geral da Professora de artesanato Cássia Figueiredo.

As jovens e os jovens, chegaram, apesar do quadro acima descrito, alegres e barulhentos como é típico da juventude. Corações e mentes abertos, foram convidados a lanchar e em seguida participarem dos processos que compõem o método utilizado pelo IAB para as ações socioeducativas ligadas à Educação Patrimonial.

Inicialmente o aquecimento inespecífico para tonificar e estimular as mentes para a recepção das inusitadas informações.

Logo após, o Professor Ondemar Dias discorreu sobre uma síntese da História do IAB onde a admiração transparecia nos rostos e uma completa explicação também pelo Professor Ondemar sobre a Exposição “O Índio no Recôncavo da Guanabara”.

O grupo também conheceu a Oficina “Sítio Jatobá”, com as informações do Alessandro Silva, onde são demonstradas as etapas e ferramentas de uma pesquisa de campo e os seus processos de resgate de um sítio arqueológico.

Jandira Neto conduziu o grupo até à Exposição “IAB 53 anos de Descobertas” demonstrando como as tribos indígenas se deslocaram sobre o território brasileiro, antes da sua conquista pelos europeus, e sua incrível tecnologia quando, entre outras, conclui-se que há cerca de dez mil anos existiram povos que viveram nas cavernas e já dominavam a técnica do plantio do algodão e, com agulhas feitas a partir de ossos de animais, teciam vestimentas.

Conheceram Acauã, a possível mais antiga múmia brasileira, (especialmente após a destruição do acervo do Museu Nacional), oriunda do mesmo povo que a esse tempo já domesticavam plantas.

Encantaram-se com o conjunto de urnas funerárias resgatadas na cidade de Belford Roxo, numa demonstração de identificação com aquela história.

Por fim, foram convidados a conhecerem o funcionamento do Laboratório onde os artefatos passam pela curadoria, e a imensa reserva técnica do IAB. Missão brilhantemente cumprida por William Cruz.

A seguir, alguns depoimentos:

“Lugar incrível que me trouxe muitos conhecimentos”. É o sentimento de Daniella da S. Pereira, 19 anos.

“Maravilhoso! Lugar muito rico de conhecimento e cultura” diz a Joyce de Albuquerque, 23.

A Talita dos Reis Miguez, 32 anos faz uma homenagem ao Professor Ondemar e Jandira Neto (ambos, respectivamente, Diretor-Presidente e Vice-Presidenta do IAB): “em meio ao caos da realidade local tantas histórias, nossas origens, a descoberta da mistura africana, indígena e europeia. Obrigada ao casal conservador desse amor.”

“Eu amei a a visita! Foi uma experiência única! Inovou as minhas informações culturais antes nunca vistas. Amei!”. É o que expressa Michele da Silva Andrade Costa.

Thaiene Guilherme já tem planos para o que aprendeu: “amei a visita. Aprendi bastante e espero passar esse conhecimento aos meus alunos.

P.S: há um outro depoimento, mas não está explícito o nome do autor, por isso não publicamos.

Agradecemos a todas e todos os que generosamente nos ouviram e esperamos podermos nos reunir mais e mais vezes em encontros cada vez mais produtivos.

Agradecemos imensamente a nossa equipe que se dedica de todo coração a receber e servir com carinho a todos que nos visitam.

Texto: Antônia Neto

Fotos: Diego Lacerda e Antônia Neto

Belford Roxo, 18 de outubro de 2018

Alunos selecionados para o curso de pesquisa de campo

Parabéns a todas e todos que fizeram o Programa de Minicursos “Série História da Arqueologia”!.

Para um educador é sempre um alegria compartilhar conhecimentos e por isso agradecemos a todos pela confiança em nosso trabalho e esperamos poder nos encontrarmos em outras ocasiões.

 

Comunicamos aqui que as alunas Maria de Lourdes Nascimento, Amanda de Souza e os alunos Jessé Rodrigues  e Alex Ribeiro Gomes foram os selecionados para o curso “Aulas Práticas de Campo no Município de Macaé – Sítio de Ocupação de Suíços nas Serras Macaenses nos Séculos XIX e XX”.

Aguardamos ansiosos para a próxima etapa. Sejam bem vindos!

     

Museu Nacional – Nota de pesar

Eu e Jandira, assim como todos os companheiros do Instituto de Arqueologia Brasileira com quem pudemos falar, estamos profundamente abalados com a perda do acervo do Museu Nacional. Não temos palavras que possam expressar o sentimento de vazio e de desesperança que o incêndio nos causou, pelo acervo inestimável, mas também pelos anos de trabalho de muitos colegas que os viram consumidos pelo desastre. Somente podemos expressar nosso desalento e também a confiança que todos eles possuem a energia para superar a tragédia. Não esmoreçam. Em consequência de todos os obstáculos que todos nós, que fazemos ciência no Brasil, vimos superando e vencendo ao longo dos anos, criamos a virtude de uma obstinação inabalável, que agora se constitui a força que nos capacita a vencer mais esta prova. Também podemos afirmar que todos vocês diretamente atingidos pelo drama podem contar conosco. Somos solidários e dispostos a ajudar naquilo que precisarem do nosso apoio.

Ondemar Dias e Jandira Neto do IAB

IV Semana de Arqueologia UERJ e a participação do IAB

O Instituto de Arqueologia Brasileira parabeniza a Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ pela iniciativa na promoção da IV Semana de Arqueologia, onde foram discutidos temas de grande interesse para todos os envolvidos e/ou apaixonados pela pesquisa.

Também agradecemos a oportunidade de levar atualizações da nossa instituição para os que já nos conhecem e nos apresentar aos novos pesquisadores que, munidos de paixão e coragem, se dedicam à busca do passado pela pesquisa arqueológica, tentando responder a tantos questionamentos, lacunas da nossa história.

Aceitando os mais espinhosos desafios desde a sua fundação seguimos determinados a manter, aceso e vibrante, o espírito curioso da busca para respostas a tantas indagações, sempre apoiando ações que promovam este objetivo.

Diego Lacerda - Publicações do IAB em stand na UERJ Cida Gomes - Publicações do IAB em stand na UERJ Alessandro Silva - Publicações do IAB em stand na UERJ

Programa de Minicursos – Série: História da Arqueologia

 

O Instituto de Arqueologia Brasileira-IAB abre inscrição para o Programa de Minicursos – Série: “História da Arqueologia”

 

Atenção! Inscrições prorrogadas até 21 de setembro!

Prazo máximo para inscrição: 21 de setembro de 2018.

 

Público Alvo:

Estudantes de arqueologia (graduação ou pós-graduação), arqueólogas(os) e profissionais de áreas afins que atuam ou atuaram em projetos de pesquisa arqueológica.

O Programa será dividido em três minicursos, sendo:

Minicurso I: O Planejamento Teórico-Metodológico na Pesquisa Arqueológica – Etapa de Campo. 

Objetivo:

Este minicurso é para quem deseja saber como se elabora o Plano de Trabalho Executivo de Campo de uma pesquisa arqueológica, seja ela de cunho acadêmico ou contratual.

Conteúdo: Teorias e Métodos aplicados à Pesquisa de Campo. 

  • A metodologia Francesa de Annete Amperàire aplicada a Sambaquis;
  • A metodologia Americana de Betty Megers aplicada ao PRONAPA;
  • A metodologia Híbrida desenvolvida e praticada pelo IAB;
  • Novas propostas e abordagens híbridas.

 

Horário: De 08:00h às 17:00h 

Data: 26/09/2018 –

Valor: R$ 150,00.

Endereço: Av. Treze de Maio, 33 – Bloco: B – Sala: 1715 – Centro, Rio de Janeiro – RJ.

Forma de pagamento: transferência ou depósito bancário:

Banco: Bradesco

Agência: 2284

Conta Corrente: 6997-3

Favorecido: Instituto de Arqueologia Brasileira.

CNPJ: 27.214.907.0001/00

Inscrição: Documentos necessários:

a)   RG (cópia digital);

b)   Comprovante de residência (cópia digital);

c)   Currículo Vitae; (cópia digital);

d)   Telefones para contato;

e)   Solicitar inscrição enviando juntamente o comprovante do pagamento no e-mail iabcursos@arqueologia-iab.com.br,

 

Minicurso II: Executando o Planejamento – A Logística de Campo  

Objetivo: Este minicurso é para quem deseja saber como se executa o Plano de Trabalho Executivo de Campo de uma pesquisa arqueológica, seja ela de cunho acadêmico ou contratual.

Conteúdo: A montagem da logística da Pesquisa de Campo

  • O escopo do trabalho determina o que vai ser levado para o Campo;
  • A lista de ferramentas – como montar kits de Campo;
  • O prazo: o Cronograma da pesquisa determina o resto;
  • Custos: tudo que é preciso prever para ser levado ao Campo;
  • Transporte/segurança/alimentação – na prática como funciona?
  • Como se atribui responsabilidades?
  • Quem vai escavar?
  • Em que momento se faz o relatório?
  • O papel da Coordenação.

 

Horário: De 08:00h às 17:00h 

Data: 03/10/2018 –

Valor: R$ 150,00.

Endereço: Av. Treze de Maio, 33 – Bloco: B – Sala: 1715 – Centro, Rio de Janeiro – RJ.

Forma de pagamento: transferência ou depósito bancário:

Banco: Bradesco

Agência: 2284

Conta Corrente: 6997-3

Favorecido: Instituto de Arqueologia Brasileira.

CNPJ: 27.214.907.0001/00

Inscrição: Documentos necessários:

a)   RG (cópia digital);

b)   Comprovante de residência (cópia digital);

c)   Currículo Vitae; (cópia digital);

d)   Telefones para contato;

e)   Solicitar inscrição enviando juntamente o comprovante do pagamento no e-mail iabcursos@arqueologia-iab.com.br,

 

Minicurso III – Aulas Práticas de Campo no Município de Macaé – Sítio de Ocupação de Suíços nas Serras Macaenses nos Séculos XIX e XX

Condições:

a)   Ter participado integralmente dos dois primeiros minicursos.

b)   Condição física, disponibilidade de viagem e interesse pela pesquisa. Serão avaliados e selecionados quatro alunos. (motivo: limite para hospedagem).

Obs: o transporte, a hospedagem e a alimentação para este minicurso serão custeados pelo IAB.

Carga horária: 48 horas

Data: De 11 de outubro a 16 de outubro de 2018

PARA ESTE CURSO SERÃO CONTEMPLADOS GRATUITAMENTE 4 ALUNOS. 

Endereço:  Município de Macaé

Prazo de inscrição: até 09/10/2018

Inscrição: Apenas para quatro alunos que serão selecionados após os dois primeiros minicursos.

 

Cursos com vagas limitadas.

Sítio Histórico - Distrito de Sana, Macaé-RJ  Ocupações Históricas às Margens do Rio Macaé.