IAB Celebra 55 Anos de Pesquisas, Ensino e Divulgação da Arqueologia!

Fundado em 29 de abril de 1961 o Instituto de Arqueologia Brasileira-IAB comemorou na última sexta, 29 de abril, 55 anos de pesquisas arqueológicas e educação patrimonial com o tema: A Miscigenação do Povo Brasileiro”.

Entre outros, foram convidados estudantes do CIEP 217 – Edival Gueiros Vidal. E vieram alegres e barulhentos, como sempre se comportam quando chegam para participar das atividades culturais do IAB.

A primeira delas era a assistência à palestra “Calundu – De Aldeia de Índio à Vila Santa Tereza” ministrada por Jandira Neto; Notou-se muita atenção e interesse por tratar-se da história do bairro onde eles moram.

Foram criados cenários onde os convidados depois de caracterizados como povos do nosso passado e fotografados como tal, vivificavam a Oficina “Retratos do Passado” como proposta de fazê-los sentirem-se personalidades da formação povo brasileiro: indígenas, europeus e africanos. 

E à medida que eles iam escolhendo quais personagens gostariam de representar, as vozes alegres e a agitação tomava conta de todos. “Tia, eu quero me vestir como dona de tudo!” “Tia eu quero me vestir como africano!” “Tia a gente quer ser índio!”

Contamos com a destreza, entusiasmo e total dedicação da senhora Isabel de Oyá (presidente da Associação Afoxé Raízes Africanas) que vestia a todos que escolhiam personagens africanos, contribuindo fundamentalmente para o sucesso dessa oficina.

 

Jandira, Antonia e Soly Neto dedicaram-se a caracterizar os demais como europeus; Marcondes Cavalcante e Lusinete Knupp pintavam e enfeitavam outros como nossos guerreiros indígenas.

E assim, um a um foram manifestando seu desejo e posando alegres, mas bastante compenetrados para as fotos! Veja aqui, na Galeria

 

Depois dessa feliz algazarra cultural foram conduzidos ao laboratório para participarem da Oficina “Vestígios do Passado se Transformam em Documentos”. Trata-se da execução das diversas etapas da curadoria do material arqueológico (material de descarte e doação que é utilizado nas atividades de educação patrimonial).

Ao chegarem foram recebidos pela equipe e ouviram do Professor/arqueólogo Sérgio Serva uma breve explicação sobre o trabalho que eles iriam desenvolver e quais os objetivos.

 

Após as informações e devidamente protegidos com luvas, coletes e máscaras puseram-se a executar a missão, sendo assistidos a cada etapa pela dedicada equipe formada pelos arqueólogos Rhuam Souza, Sérgio Serva e Cida Silva e os monitores Jaime Freitas, Geovani Souza e Alessandro da Silva.

E com todo esse apoio mostraram-se interessadíssimos no melhor desempenho possível, saindo-se todos, muito bem!

 

Ao final foi oferecido um lanche, pelas monitoras Daiane Knupp e Gabriela Pinheiro, que eles fruíram com bastante gosto, mantendo-se graciosamente entusiasmados!

 

Concluída essa etapa das celebrações os estudantes voltaram para o Centro Educacional e a equipe dirigiu-se para assistir a mesma palestra anteriormente ministrada pela Jandira Neto aos estudantes.

Agora ela vinha permeada por parte da história de vida do Professor Ondemar Dias que se confunde com a do bairro, uma vez que começou a frequentar o local ainda muito menino e no qual começou sua carreira de arqueólogo, onde encontrou seus primeiros achados. Embora fosse a mesma palestra, aqui se deu ênfase a existência de seus vários sítios arqueológicos históricos e pré-históricos, muitos em processo de destruição acelerado e outros já desaparecidos. (PPS da palestra “Calundú – De Aldeia de Índio à Vila Santa Tereza)

Outros convidados para o evento, ligados à Prefeitura de Belford Roxo, do C. E. Santa Tereza e do Museu Vivo de São Bento e alguns moradores da comunidade também nos prestigiaram com sua presença.

Antes de dirigir-se para a sala de palestras o Professor Ondemar Dias ocupava-se de uma entrevista que cedia ao Flávio Cardoso, o qual desenvolve um trabalho de cunho social sobre as atividades culturais da Baixada Fluminense e que se propôs a fazer um documentário da instituição e posteriormente nos presenteou com belíssimas fotos do evento.

 

Finalizamos as comemorações com um delicioso almoço carinhosamente preparado pela D. Regina Nascimento e os rapazes que se dedicaram a assar o churrasco; com um bolinho desejamos que continuemos cada vez mais entusiasmados em promover a ciência da arqueologia, através da nossa querida instituição.

Tudo fotografado por Diego Lacerda e André Kepler que buscaram os melhores ângulos para compartilhar com todos esses momentos.

O Instituto de Arqueologia Brasileira agradece a todos que se empenharam fortemente desde os que cuidam dos jardins e cuidados outros, até os que idealizaram e executaram as mais diversas ações para mais esse evento.

UNESCO Aceita Candidatura do Cais do Valongo Como Patrimônio da Humanidade

Tendo realizado a curadoria do material resgatado do Cais do Valongo dentro do Projeto Porto Maravilha o IAB é longamente citado no dossiê que propôs – e foi aceita – a candidatura do Cais do Valongo pelo Centro do Patrimônio Mundial/UNESCO para ser reconhecido como Patrimônio da Humanidade.

Leia aqui parte da notícia via site do IPHAN:

O Cais do Valongo, localizado no Rio de Janeiro (RJ) e principal porto de entrada de africanos escravizados no Brasil e nas Américas, teve sua candidatura aceita pelo Centro do Patrimônio Mundial, para ser reconhecido como Patrimônio da Humanidade,em março deste ano. O dossiê de candidatura do bem cultural, agora disponível em português, é um documento fundamental para o conhecimento da diáspora africana, determinada pelo tráfico de escravos praticado por 400 anos para suprir de mão de obra a colonização das Américas. Estudos realizados nas últimas décadas revelam que a compreensão da sociedade brasileira contemporânea passa necessariamente pelo conhecimento e a denúncia do regime escravista.

Elaborado pelo Iphan e pela Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio de um qualificado corpo de especialistas contratados, o dossiê servirá como base para o trabalho de uma missão de avaliação, formada por representantes dos órgãos consultivos da UNESCO, que visitará a região portuária e o Cais do Valongo nos próximos meses. O trabalho técnico prosseguirá com a participação da comunidade e do Comitê Consultivo da Candidatura, composto por várias instituições governamentais e da sociedade civil, especialmente as representativas da preservação e valorização da herança africana.

O documento, elaborado ao longo de um ano de trabalho e coordenado pelo antropólogo Milton Guran, resgata a história trágica e cruel do tráfico negreiro, analisando com detalhes a importância histórica e o simbolismo do sítio arqueológico para todos os brasileiros, em especial os afrodescendentes. 

O Sítio Arqueológico do Cais do Valongo não só representa o principal cais de desembarque de africanos escravizados em todas as Américas, como é o único que se preservou materialmente. Pela magnitude do que representa, é muito mais do que um sítio arqueológico: é um símbolo de denúncia dos horrores da escravidão e da necessidade de políticas afirmativas de igualdade racial. O diplomata e historiador Alberto da Costa e Silva, especialista mundialmente reconhecido em História da África, explica sobre a candidatura:

“O Cais do Valongo merece ser considerado pela UNESCO patrimônio da humanidade porque é o sítio de memória da escravidão mais completo que se conhece. Ele tem importância não apenas para a história brasileira e, portanto, para a nossa vida como nação, mas também para a história do mundo. Dizia o escritor nigeriano Chinua Achebe que a história não é boa nem má; que a história é, e nós somos esta história, com seus momentos luminosos e demorados e terríveis pesadelos, como este que parecia interminável e que nos deixou como cicatrizes profundas monumentos como o Valongo, monumentos vivos, que não precisam de textos a elucidá-los, que são pelo que são, e nos comovem pelas pedras que pisamos e pelas pedras que olhamos, pedras que receberam, depois de medonha viagem, os pés de muitos de nossos antepassados, e que contam um pouco desse longo capítulo trágico e espantoso da história dos homens sobre a face da terra.”

O Iphan e a Prefeitura do Rio veem com muito otimismo a possibilidade de inscrição do Cais do Valongo na lista do Patrimônio Mundial que, uma vez concretizada, representará o reconhecimento do seu valor universal excepcional, como memória da violência contra a humanidade que é a escravidão, e de resistência, liberdade e herança, fortalecendo as responsabilidades históricas, não só do Estado brasileiro, como de todos os países membros da UNESCO. É, ainda, o reconhecimento da inestimável contribuição dos africanos e seus descendentes à formação e desenvolvimento cultural, econômico e social do Brasil e do continente americano.

Leia a matéria completa http://portal.iphan.gov.br/noticias/detalhes/3566/cais-do-valongo-dossie-aborda-importancia-historica-do-sitio-arqueologico

Veja aqui o dossiê no qual o IAB é citado.  http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Dossie_Cais_do_Valongo_versao_Portugues.pdf 

Em inglês: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Valongo3_VersaoFinal_WEB2.pdf 

Alunos do CIEP 175 Realizam Visita Extensiva ao IAB

Na véspera do aniversário de 55 anos do IAB, 28 de abril de 2016, alunos do primeiro ano do ensino médio do CIEP 175 – José Lins do Rego realizaram uma visita extensiva em nossa sede, atendendo a um projeto idealizado pelo SESC São João de Meriti-RJ para estes estudantes.

A visita ao IAB, como sempre, foi organizada pedagogicamente tomando por base as etapas do psicodrama. 

Sendo o primeiro momento o aquecimento inespecífico, que tem como proposta a circulação das energias corpóreas para a potencialização do aprendizado, foram convidados a um descontraído bate-papo sobre a história de um instituto de pesquisas na Baixada Fluminense, no caso, o IAB, com a arqueóloga Jandira Neto, cumprindo-se em seguida o roteiro pré-estabelecido.

Como aquecimento específico o grupo foi apresentado ao Sítio Jatobá, localizado no jardim do anexo 7 do IAB, onde vestígios arqueológicos de uma casa da década de 1930 foram encontrados quando da aquisição do terreno. A descoberta é amplamente utilizada para apresentar aos estudantes e demais interessados a temática da arqueologia como ciência. Num importante momento de fazer experenciar ou de propor vivenciar, dentro do viés pedagógico do psicodrama, um determinado papel no contexto, foi lançada a proposta: “seja você o arqueólogo e me diga o que está vendo aqui”. Essa interatividade com um sítio arqueológico real entusiasmou o grupo que, bastante animado e sentindo-se altamente valorizado foi se manifestando com toda a criatividade típica da adolescência. Após este significativo momento foram conduzidos aos demais espaços. Partindo dos conhecimentos pré-existentes para incluir novas informações, conheceram uma pequena lagoa natural, resquício de uma antiga lagoa pré-histórica que existiu na região em eras passadas. 

 

Reconheceram árvores pelos seus nomes científicos, bem como de onde são originárias.

Na exposição ao ar livre “O Índio no Recôncavo da Guanabara” aprenderam sobre as tradições culturais indígenas do nosso país e a se identificarem geneticamente com esses ancestrais, o que provocou grande burburinho e muita pergunta sobre sua evolução cultural e tecnológica.

 

Na área dos alojamentos para alunos e pesquisadores conheceram a sustentabilidade do instituto no que diz respeito ao processo de reciclagem do lixo, aqui desenvolvido em todas as suas fases; desde a sua classificação entre orgânicos e inorgânicos até o seu reaproveitamento.

O Eco Museu da Tipografia Laemmert, formado pelo material arqueológico de grande porte encontrado na Rua dos Inválidos no Centro da Cidade do Rio de Janeiro e trazido como acervo para guarda nas instalações do instituto, foi outra grande novidade que os entusiasmou. Afinal estavam diante da réplica de parte de uma das primeiras e maiores tipografias do Rio de Janeiro montada com o material original!

 

Por fim foram levados para conhecerem os espaços destinados às pesquisas de laboratório e aos prédios de guarda do material arqueológico, bem como a rica biblioteca que também dispõe de incontáveis tesouros culturais.

No espaço do laboratório onde está sendo realizada a curadoria de um extraordinário acervo resgatado na Região Norte do Brasil, interagiram com pesquisadores do IAB, donde surgiram mais indagações e muitas curiosidades, sendo satisfatoriamente respondidas.

O Instituto de Arqueologia Brasileira agradece a visita e compartilha com todos a alegria de ter a oportunidade de cumprir um dos seus mais valiosos pilares: a divulgação da arqueologia brasileira,  já em expectativa de próximas.

Equipe do Instituto de Arqueologia Brasileira para este evento:

Jandira Neto, Diego Lacerda e Regina Nascimento

 

 

 

 

 

IAB é Presenteado com Gravação de Documentário em seu Aniversário!

Durante as comemorações dos 55 anos de fundação do IAB recebemos com alegria Flávio Cardoso e Henrique Soares dedicados à divulgação dos valores culturais da Baixada Fluminense. Flávio Cardoso e sua esposa Cris Roque desenvolvem documentários que publicam em suas mídias, em formato de capítulos. Propuseram-se a filmar o IAB e entrevistar o Professor Ondemar Dias para este fim. O fato de estarmos em plena celebração colaborou sobremaneira para um excelente resultado.

Segue a descrição do seu trabalho de cunho social.

Daqui Pra Frente… Baixada Fluminense. (Por Flávio Cardoso)

O Projeto audiovisual intitulado, ‘Daqui pra Frente… Baixada Fluminense’ é uma ação educativa e cultural, tem como objetivo estimular no público pensamentos e atitudes voltados para uma boa qualidade de vida para a população em termos de saúde, cidadania, entretenimento, lazer, memória histórica, valorização do patrimônio público, educação, segurança, infraestrutura, geração de oportunidades de empregos e renda, com equilíbrio ambiental… respeito à natureza e assim instruir este público a assumir uma posição mais exigente para com as autoridades eleitas e concursadas para que invistam em estruturas que propicie este ideal. Nosso método é nos comunicarmos através de matérias instrutivas, enriquecidas com entrevistas e postas de forma dinâmica, com uma linguagem onde se possa acompanhar e assimilar o que os entrevistados têm a dizer.  Desta forma faremos consultas ao passado para meditarmos e entendermos o presente e desta forma podermos refletir sobre o futuro e agirmos de fato tendo uma direção.

Outro propósito importante desta empreitada é o de retratar que o termo cultura não refere-se apenas à arte e sim que a arte faz parte de um todo percebido como cultura, que envolve: História e as motivações sociais, econômicas e geográficas que movem as populações. 

É necessário provocar reflexões em cada expectador sobre o que cada cidadão pode fazer em prol de uma boa qualidade de vida para si e para a coletividade e assim transformar aqueles que assistem as atividades do projeto, em agentes multiplicadores dos conceitos apresentados.  E que assim possamos, nós, cidadãos e cidadãs, escrever com responsabilidade e dignidade as páginas do futuro e lermos o presente de maneira mais eficaz.

Há uma necessidade, urgente e emergencial, de se trabalhar práticas instrutivas que apontem para modos de se viver alicerçados no respeito a si, ao próximo e ao planeta e que sejam apresentadas e implementadas de forma contínua nos veículos de comunicação.  Onde por mais que se faça, sempre será necessário se fazer mais, porque é através da continuidade que se gera os resultados.

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Em breve a divulgação do documentário.

Turma IV – Aulas de Fevereiro – 2016

E foram de Educação Patrimonial, com a Professora Jandira Neto, as aulas do mês de fevereiro de 2016 para os estudantes da Turma IV do Curso de Pós-graduação em Arqueologia da Faculdade Redentor, que é ministrado nas instalações do IAB. E a primeira tarefa foi cinema com direito à pipoca. O filme proposto, “Os Narradores de Javé”.

O filme, de Eliane Caffé, retrata a história de um povoado do Vale de Javé, situado no sertão baiano, que está prestes a ser inundado para a construção de uma potente usina hidrelétrica. Diante dessa situação terrível, a comunidade se reúne para discutir diversas formas de como resolver o problema. De acordo com os moradores, o ideal seria preparar um documento oficial, contando todos os grandes acontecimentos heroicos de sua história, justificando sua preservação, ou seja, convencer os envolvidos no projeto de desaparecimento do povoado que o lugarejo abriga um patrimônio que não pode ser perdido. Mas como na vila só tem analfabetos, a primeira tarefa seria encontrar alguém que conseguisse retratar os acontecimentos…

Após a sessão de cinema, aula expositiva sobre o modo como se constrói um procedimento científico em Educação Patrimonial – o Construto da Ciência.  Visão de Mundo. Paradigmas. As Teorias. Os Métodos e as Técnicas.

Discutidas essas informações, foi aplicada a Técnica Psicodramática da Retramatização cujo objetivo é contar uma trama e retramá-la, de modo a “contar uma nova versão” da história original a partir da resignificação dada pelos novos atores sociais – no caso, os estudantes – que dela se apropriam e a tomam como sua nova história. Seu novo patrimônio.

E o desfecho para a proposta da introjeção da importância da Educação Patrimonial para um Povo acontecerá no próximo mês, na última aula do curso. Acompanhe.

TV Brasil Entrevista o Professor Ondemar Dias

O Instituto de Arqueologia Brasileira ao longo da sua história pesquisou vários sítios arqueológicos entre eles o Sambaqui da Tarioba localizado em Rio das Ostras-RJ e o Sambaqui de São Bento na cidade de Duque de Caxias-RJ. Sendo este último datado de aproximadamente 6.000 anos, identificado durante as pesquisas arqueológicas realizadas para a construção da Rodovia Arco Metropolitano do Rio de Janeiro de 2010 a 2014.

Sambaquis são enormes montanhas erguidas em baías, praias ou na foz de grandes rios por povos que habitaram o litoral do Brasil na Pré-História, onde eles, inclusive, enterravam os seus mortos. Onde também são encontrados ossos de mamíferos, equipamentos primitivos de pesca e até objetos de arte, num verdadeiro arquivo pré-histórico. São formados principalmente por cascas de moluscos. Calcula-se que existam milhares de sambaquis espalhados pela costa do país. Os mais antigos são datados em cerca de 6 500 anos.

Em tupiguarani a palavra sambaqui significa “amontoado de conchas”.

E sendo um tema que nos remete às nossas origens mais primitivas a TV Brasil, na sua próxima série “Expedições”, dedicará um episódio para falar sobre os povos sambaquieiros tendo como entrevistado o Professor Ondemar Dias.  A equipe da TV esteve nesta segunda, 1º de fevereiro, em nossa sede para a realização do trabalho. 

http://tvbrasil.ebc.com.br/expedicoes/conteudo/a-pre-historia-no-brasil-e-os-sambaquis?fbclid=IwAR1fvx8f8-F3lwgjxN8aWDBQ6tW4czH-9V4jFwl36T5b8FZpV_oU6WRIGAc

Turma IV – Aulas de Março 2016

Como dissemos a última aula do curso de pós-graduação em arqueologia da Faculdade Redentor, que foi ministrado nas dependências do Instituto de Arqueologia Brasileira – IAB teve como proposta a aplicação do método psicodramático pelos estudantes. A técnica utilizada na oportunidade foi a de retramatização, cujo objetivo é contar uma trama e retramá-la, de modo […]

Turma IV – Aulas de Janeiro -2016

Arqueologia e Educação Patrimonial!

Estes foram os dois temas desenvolvidos nas aulas de janeiro pelos professores Ondemar Dias e Maria de Lourdes Horta para os alunos da Turma IV do Curso de Pós-graduação em Arqueologia da Faculdade Redentor que é ministrado no IAB.

O Professor Ondemar na aula anterior havia pedido à turma que se organizasse em 5 grupos para desenvolver um seminário sobre a arqueologia brasileira das regiões Nordeste, Sudeste e Sul e conhecimentos específicos sobre cerâmica tupiguarani e neobrasileira.

Cada grupo elegeu então um representante para apresentar a dissertação, sob o olhar atento e zeloso do professor, deixando-o bastante satisfeito com os resultados do empenho da turma.

No domingo, a Professora Maria de Lourdes propondo o tema “Heróis Escondidos – O potencial educativo dos bens culturais” caminhou com a turma para o despertamento da importância da educação patrimonial.

Com a pergunta fundamental “Para quê serve o Patrimônio, a nossa herança cultural?” ela buscou fazê-los entender o grau de importância na valorização do nosso patrimônio como pilar imprescindível no fortalecimento da nossa identidade e apontou para os “perigos” da absorção de grande carga de valores alheios aos nossos, possibilitando – se não estivermos atentos _ a discreta, no entanto constante erosão dos mesmos em favor de outras culturas de outros povos.

“Deformar uma cultura é uma maneira de abrir a porta para o enraizamento de novas necessidades e a criação de novos gostos e hábitos, sub-repticiamente instalados na alma dos povos com o resultado final de corrompê-los, isto é, de fazer com que reneguem a sua autenticidade, deixando de ser eles próprios”.

MILTON SANTOS “Da cultura à indústria cultural”, Ed. MAIS! Pág. 18. Edição Nacional, março, 19, 2000.

Turma IV – Aulas de Dezembro

As aulas de dezembro de 2015 do curso de pós-graduação em arqueologia da Faculdade Redentor, que é ministrado nas instalações do IAB, versaram sobre Didática do Ensino Superior com o Professor Marcos Paulo M. Araújo, Mestre em História pela Universidade Federal do Amazonas e doutorando  em Ciências da Educação Universidad Nacional de Cuyo – Mzd.  Argentina.

Como o próprio nome da disciplina sugere, o professor buscou levar aos seus alunos a necessidade de compreender como olhar para seus possíveis discentes numa universidade. Sendo adultos, críticos, questionadores de teorias e estando constantemente avaliando o desempenho daqueles que se propõem a lhes “ensinar”, é de fundamental importância para uma boa relação mestre-aprendiz serem os mesmos reconhecidos como tal: adultos e capazes de se autodirigir.